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COMUNICAÇÃO E PATRIMÓNIO MUNDIAL - Blogue de Apoio à Tese de Doutoramento

O que dizem os jornais acerca da temáticas relacionadas com o Património Mundial

O Interesse dos Media nas Questões do Património Mundial

O Interesse dos Media nas Questões do Património Mundial

Sé Velha reclama dignidade

"O projecto para "restituir a dignidade à Sé Velha de Coimbra" começa com a aquisição de um órgão de tubos, cujo concurso internacional deverá ser lançado ainda este ano, mas não se fica por aí. João Evangelista, pároco da Sé Velha, admite criar ali uma escola de música e quer ver o templo reconhecido como "santuário de excepção", no contexto regional e nacional, nomeadamente com a dotação de um guia turístico devidamente credenciado para prestar informações, que vão muito para além das serenatas dos postais, aos 70 mil turistas que anualmente a visitam.

"Somos pressionados por 70 mil turistas e o que damos é muito pouco.É uma vergonha não podermos dar aos turistas um roteiro digno desta casa", afirmou, à medida que, a par da arquitectura, ia explicando a simbologia, do retábulo, do século XV, aos túmulos de 19 bispos, bem como o do pecador arrependido que quis ficar sepultado à entrada da Sé, redimindo-se ao permitir que o pisem por vários séculos.

João Evangelista quer dar a conhecer os 850 anos de história da Sé Velha a turistas, mas, com a aquisição do órgão de tubos e a elaboração de um projecto dinamizador, pretende também atrair os conimbricenses, que, depois da retirada do estatuto de catedral da cidade, em 1772, se afastaram daquele santuário.

"O problema é haver gente que não sabe que existe uma Sé Velha. Por isso queremos abri-la nos vários domínios. Ela merece ser conhecida, ser integrada na cultura da cidade", afirmou, pedindo, para isso, apoio de várias entidades.

"A dignificação da catedral de Coimbra é, pois, um serviço à cultura, como a urbanização, os acessos, as placas indicativas, a reparação do claustro, o guarda-vento, o tratamento da pedra e outras pertinentes melhorias que escapam à nossa capacidade de execução, mas exigem a nossa melhor cooperação com as entidades culturais, com os serviços do Estado e camarários", referiu, sublinhando esperar que, em um ano, o projecto esteja, pelo menos, "totalmente definido".


Ligação à Universidade

A Sé Velha de Coimbra é, desde 2002, classificada, pela Igreja, como catedral histórica, mas este é um título que, para João Evangelista, não tem sido reconhecido pela cidade e, em particular, pela Universidade de Coimbra (UC). O pároco, que sublinha o acolhimento da "incipiente UC" pela Sé em 1308, lamenta que a própria universidade não estude e divulgue mais "aquela pré- -história em que se desenvolveu na base desta casa". E, no seu entender, esta ligação da UC à Sé Velha seria uma mais-valia no dossiê de candidatura da UC a Património Mundial, que deverá ser apresentado à UNESCO em 2012."

(Notícia datada de 31 de Março de 2007, escrita por Tânia Moita)

 

Extraído do Sítio on-line do Jornal de Notícias,

http://jn.sapo.pt/2007/03/31/pais/se_velha_reclama_dignidade.html, a 17 de Julho de 2007

 

 

O Interesse dos Media nas Questões do Património Mundial

O Interesse dos Media nas Questões do Património Mundial
Encarnação pede ao Governo que defina financiamento

Carlos Encarnação diz que encontra no QREN «uma verba muito pequena» para a política de cidades e pede que o Governo esclareça com que poderão contar os projectos no Centro Histórico e a candidatura da UC à Unesco

O presidente da Câmara de Coimbra quer que o Governo defina qual vai ser a política de cidades e o que caberá à reabilitação dos Centros Históricos. «Espero que não passe dois anos para responder, porque daqui a dois anos já não vale a pena, não só porque já não estarei aqui, mas principalmente porque nessa altura já passou a oportunidade histórica», afirmou o autarca.
Carlos Encarnação falava na sessão solene comemorativa do Dia Nacional dos Centros Históricos, cujos festejos se centralizaram ontem em Coimbra e mostrou-se preocupado com o futuro dos projectos de reabilitação da Alta e da Baixa da cidade ou da candidatura da Universidade de Coimbra (UC) a Património da Humanidade pela Unesco.
«A política de cidades tem de ser completamente alterada. (…) Ela não tem sido bem conduzida até aqui. Não tem havido instrumentos legislativos suficientes para dar capacidade de intervir nos Centros Históricos eficazmente», criticou o autarca, lamentando ainda não ter visto, da parte da administração central, nenhuma definição neste sentido, «antes pelo contrário», adiantou.
«Vejo no QREN [Quadro de Referência Estratégico Nacional] uma verba muito pequena para a política de cidades», afirmou, acrescentando a este cená-
rio pouco animador o facto
de terem terminado todos os programas estatais - como o RECRIA, por exemplo - que apoiavam a reabilitação e recuperação de edifícios nos Centros Históricos. «E não sabemos nem como, nem quando vão existir novos», afirmou Encarnação.

À espera há meio ano

«Precisamos de saber com rapidez, porque temos muito trabalho a fazer, muitas tarefas a executar. Não podemos esperar que as casas caiam», continuou o autarca, recordando que já há cerca de meio ano se reuniu com o secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, João Ferrão, para que este definisse o que pretende fazer com a reabilitação e recuperação dos Centros Históricos, que verbas lhe serão destinadas, quanto lhe caberá no QREN. Encarnação garante que ainda não recebeu qualquer resposta.
Numa sessão onde Nuno Ribeiro Lopes, representante da candidatura da UC a Património da Humanidade da Unesco, assumiu que a concretização deste projecto «não é possível sem fundos comunitários» e que, portanto, está dependente dos dinheiros previstos no QREN, Carlos Encarnação estranha que o Governo ainda não tenha olhado para este projecto como «uma prioridade nacional».
«Será que acham que não? Que não é importante? Que não é interessante?», questionou o autarca, assumindo, no entanto, que «nada é possível fazer [nomeadamente a recuperação do Centro Histórico] apenas com o investimento público e que é necessário cativar o investimento privado», como é exemplo o projecto de reabilitação da Baixa de Coimbra, gerido pela Sociedade de Reabilitação Urbana.
A sessão, que decorreu no salão nobre da Câmara de Coimbra, contou também com a presença de António Filipe Pimentel que considerou fundamental que toda a comunidade, urbana e universitária, «sinta a recuperação do património como sua e lute por ela». «A partir do momento que todos façamos o nosso trabalho, os órgãos de decisão irão atrás», afirmou o pró-reitor da UC para o Património.
«O património é uma indústria geradora de um movimento económico extraordinário», garantiu, considerando que o não investimento nesta área é «o desperdiçar, não só a cauda do orçamento, que está sempre destinada ao património, mas orçamento inteiro»."
 
Extraído do Sítio on-line do Diário de Coimbra: http://www.diariocoimbra.pt/15094.htm, a 4 de Abril de 2007 
 

 

Exemplo de Opinião Públicada nos Media sobre o Património

Exemplo de Opinião Públicada nos Media sobre o Património

Por que é que a Baixa vem abaixo?

Catarina Martins, Docente da Universidade de Coimbra

 

"Em 28 de Dezembro de 2006, Coimbra acordava sobressaltada com um alerta declarado pelo presidente da Câmara, dando aos moradores da Rua Direita e imediações 48 horas para abandonar casas e estabelecimentos comerciais por risco de derrocada. A queda de dois prédios numa outra zona da Baixa, pouco tempo antes, viera a calhar. A Baixa estava a cair! Através de um pânico suscitado a preceito, a autarquia lançava uma cortina de fumo sobre a situação da Baixa e a intervenção profundamente contestável que, com a Metro Mondego (MM), preparava há largos meses.

Tratava-se, na realidade, de legitimar as demolições a levar a cabo pela MM para abrir o canal do metro de superfície, operação que rapidamente se transformou no arrasar de todo um quarteirão. Ora, a Baixa não está a ser arrasada nem por causa do metro, nem porque esteja realmente a cair, apesar do avançado estado de degradação dos prédios. A Baixa vem abaixo porque não há qualquer intenção de evitar que assim aconteça, o que seria possível com as soluções técnicas existentes. A Baixa vem abaixo porque se quer fazer dinheiro em construção e especulação imobiliária, à custa do incontestável valor patrimonial, cultural e sociológico da cidade medieval. O alerta emitido pela Câmara foi, aliás, "encomendado" pela MM com o fim de desalojar imóveis que nada têm a ver com o canal do metro, mas cuja aquisição e demolição parece servir exclusivamente o objectivo de arrecadar mais-valias. Pelo menos metade destes edifícios já foi demolida.

É importante sublinhar que a Baixa necessita urgentemente de uma recuperação e reabilitação de qualidade, segundo os mais elevados padrões internacionalmente reconhecidos. Por isso, a intervenção propositadamente incompetente da MM merece a mais veemente oposição. O que está em marcha não é um processo de reabilitação urbana digno desse nome, mas, aparentemente, a venda daquele espaço aos parceiros privados da conivente SRU, com a cumplicidade da Câmara.

Arrasar, para depois erguer, cópias de fachadas é um conceito ultrapassado de reabilitação urbana, que não interessa a uma cidade que candidata o seu Centro Histórico a Património da Humanidade. Assim se faz tábua rasa do longo trabalho desenvolvido pelo departamento de Arquitectura da Universidade sobre a Baixa e a inserção do metro, projecto de inegável interesse para a cidade. Tristemente, a mesma Universidade ficará ligada à destruição da Baixa através do ITeCons, cujos relatórios legitimam a inaceitável argumentação da MM e da Câmara, segundo a qual se arrasa apenas o que vai cair. Afirma o ITeCons que a contenção dos edifícios é demasiado onerosa, sem ponderar estes custos em relação ao valor patrimonial e cultural da zona, algo que não cabe a especialistas em construção, mas sim à autarquia. Esta pretere um estudo mais amplo encomendado à UC, o SIGURB, bem como o Departamento de Arquitectura, em favor do ITeCons, seguindo uma política inaceitável, do ponto de vista da Universidade, que consiste em seleccionar os pareceres científicos mais úteis à prossecução de políticas municipais previamente decididas.

Numa altura em que a valorização académica de projectos que trazem dinheiro à instituição ameaça tornar-se doutrinária, um facto como este deveria fazer soar o alarme.

Preservar e reabilitar com qualidade é, pois, muito caro. Para a cidade? Ou para os parceiros que se perfilam para a SRU e que, curiosamente, são também associados do ITeCons e os habituais "sócios" da autarquia em todos os projectos de vulto? A Câmara decidiu claramente a favor destes últimos.

catisabel.martins@sapo.pt"

 

Extraído do Sítio do Jrnal de Notícias: http://jn.sapo.pt/2007/03/23/pais/por_e_a_baixa_abaixo.html a 28 de Maio de 2007

 

 

Exemplo de Opinião Públicada nos Media sobre o Património: Interior Exterior: Galiza Transmontana?

A euro-região Galiza – Norte de Portugal é uma das realidades mais inegáveis no posicionamento de Portugal na Península e na própria União Europeia. A ligação ancestral, diria que de nascimento, dos dois territórios, e longamente atacada pelos poderes governativos de Madrid e de Lisboa, encontrou um balão de oxigénio na entrada dos dois estados ibéricos na então CEE. As fronteiras caíram lá para 1992. E a ligação tornou-se ainda mais forte.

Hoje em dia, esta realidade de 50.000 quilómetros quadrados, habitados por 6,4 milhões de pessoas, constitui uma realidade bastante heterogénea, com zonas urbanas e industriais de vanguarda e também com as zonas mais pobres e empobrecidas da Península.

Os habitantes das aldeias de Montalegre, Chaves, Vinhais e Bragança sempre se relacionaram directamente com os galegos, os vizinhos do Norte. Ora através de trocas comerciais ilegais, vulgo contrabando, ora mesmo, e muito comummente, através de casamentos. Mas não só o Alto Trás-os-Montes experimentou o casamento com a Galiza. O nosso Alto Douro Vinhateiro, hoje Património da Humanidade, foi construído com a força dos galegos de Ourense que, como os transmontanos da Terra Fria, também desciam ao Douro sazonalmente na época da vindima. E dos afiadores, alguém ainda se lembra? Muitos deles eram também da Galiza interior, miserável e espoliada pelas mesmas elites que um dia se enfrentaram ao fundador do Reino de Portugal. Alguém aqui atrás falou delas, das elites, da sua cegueira...
Já na segunda metade do século XX, muitos transmontanos saltaram a raia seca rumo às pedreiras e minas do Barco de Valdeorras. Mas basta percorrer um pouco os concelhos do interior da Galiza para verificar a histórica presença de portugueses, quase sempre transmontanos, nas serrações, florestas, além das actividades já referidas. Hoje em dia, a comarca do Barco de Valdeorras concentra cerca de 2 mil portugueses, quase todos oriundos de Trás-os-Montes. No ensino secundário local muitos optam por Português, o de Lisboa, como língua estrangeira.
São as surrealidades bem reais das nossas histórias e vidas: o povo das aldeias de um e outro lado da raia seca sempre falou a mesma língua, salvo algumas pequenas excepções. Só que as realidades estatais ditaram o afastamento cultural dos dois povos. O que hoje, apesar das boas palavras dos mais democráticos governantes, se mantém.

Diferente é a economia. Como estamos numa era em que a ciência económica tudo quer explicar, ordenar, justificar, planificar, para tudo é preciso utilizar dados económicos, pois bem: o Norte de Portugal é o principal parceiro comercial da Galiza. Mais: as províncias de Pontevedra (que inclui a pujante cidade de Vigo) e de Ourense realizam com o Norte de Portugal quase metade de todas as trocas comerciais. Basta vermos os projectos existentes, alguns em andamento, outros ainda no papel: o caso Chaves-Verim, com a sua zona logística e industrial comum, diz-vos alguma coisa?

De facto, depois da queda do poder do último governante franquista, digo Fraga Iribarne, que governou clientelarmente e autoritariamente a Galiza até há dois anos atrás, as trocas culturais parecem ter conquistado uma oficialidade nunca antes observada. Falo do Congresso da Raia sobre Memória Histórica, falo dos Encontros da Lusofonia de Bragança, falo das ligações da própria UTAD com as universidades galegas. O ministério da cultura da Galiza, responsabilidade do único partido político com representação parlamentar que sempre defendeu e incentivou a ligação histórica com Portugal, o BNG (Bloco Nacionalista Galego, de esquerda), apoiou e continua a incentivar este tipo de actividades.

Já agora, para quando uma ligação rodoviária de Trás-os-Montes com a capital da Galiza, Santiago de Compostela? Empresários transmontanos do sector dos transportes: seria lucrativo existir esta ligação, pelo menos aos fins-de-semana e em ambos os sentidos. Há bastante procura, a divulgação do nosso Reino Maravilhoso em terras galegas tem-se continuado a fazer, há curiosidade e interesse. Vejam: Bragança-Vinhais-Chaves-Verim-Ourense-Lalim-Santiago de Compostela!"

Domingos Guedes 

Extraído do Sítio on-line do Diário de Trás-os-Montes: http://www.diariodetrasosmontes.com/cronicas/cronicas.php3?id=731&linkCro=1, a 22 de Março de 2007

O Interesse dos Media nas Questões do Patrimóno: MACAU - Dirigente do Instituto Cultural anuncia alteração da lei mas não explica novo critério de classificação

O Interesse dos Media nas Questões do Patrimóno: MACAU - Dirigente do Instituto Cultural anuncia alteração da lei mas não explica novo critério de classificação
Património porquê? Island Ian

 

Muda a lei, muda a lista e mudam os critérios de classificação do património arquitectónico e cultural. Foi esta a garantia dada ontem pelo vice-presidente do Instituto Cultural de Macau que apontou este ano como data limite para a conclusão de uma nova lei para a protecção do património.
A garantia de Stephen Chan foi dada à saída de uma reunião do grupo de trabalho de Desenvolvimento Sustentável do Conselho Consultivo para o reordenamento dos Bairros Antigos de Macau que ontem dedicou a sessão à análise das propostas de reformulação da lei para a protecção do património arquitectónico, paisagístico e cultural. “Até final deste ano, os trabalhos relativos à nova lei estarão concluídos tal como o processo legislativo” devendo a lei entrar em vigor no decurso do ano.
Em cima da mesa dos trabalhos estão os dois diplomas que regulam as modalidades de protecção dos bens históricos e arquitectónicos, com data de 1984 e de 1992. A primeira criava a Comissão para a Defesa do Património Arquitectónico, Paisagístico e Cultural e a segundo introduzia reajustamentos nas listas classificativas dos monumentos, conjuntos e sítios definindo uma lista para a categoria de de edifícios de “interesse arquitectónico”. Uma legislação que, como reconheceu o próprio responsável pelo ICM, acabou por ficar desgastada perante a evolução urbana da cidade e a recente, de Julho 2005, entrada do centro histórico de Macau na lista da Unesco. “Perante este novo contexto, o que estamos a tentar fazer é produzir uma síntese dos dois textos de maneira a conseguirmos encontrar um texto que possa regular esta nova situação”. Esta “é a principal justificação para rever a legislação actual”, adiantou Chan. “É natural que esta revisão possa vir a ter efeitos na lista de património arquitectónico e paisagísticos que neste momento se encontra classificado tal como é natural que os critérios de classificação possam também sofrer revisões”, disse o vice-presidente do ICM sem, no entanto, precisar quais os novos critérios que se encontram em estudo. “Vamos continuar a estudar e a procurar uma solução equilibrada”, disse, lacónico.
Stephen Chan recusou ainda qualquer critica sobre uma eventual falta de autoridade e eficácia das autoridades responsáveis em defender as zonas-tampão situadas nas imediações dos sítios ou monumentos classificados nas listas de património. “As autoridades têm vindo a respeitar a legislação em vigor e têm protegido o património histórico e o perímetro tampão”, reiterou o vice-presidente confrontado com a polémica construção de duas torres no ZAPE, uma das quais com uma altura inicial superior de 99 metros tapando o monte e farol da Guia que integram a lista de património mundial.
A este propósito desta polémica, Chan adiantou que o Instituto Cultural continua em contacto com o Gabinete de Ligação do Governo de Pequim em Macau, proprietária da torre que se encontra ainda em construção, acerca da nova altura do edifício.
Ontem, o deputado José Chui Sai Peng também se manifestou confiante de que a nova legislação esteja concluída brevemente. Chui que é presidente da Conselho Consultivo para o reordenamento dos Bairros Antigos de Macau disse ainda que existe esta comissão considera vital tomar em conta a importância do património classificado nas operações de renovação e revitalização dos bairros mais antigos da cidade.
Nesta operação de revisão legislativa, a maior preocupação dos deputados democratas é a transparência e o profissionalismo do processo. Segundo Au Kam San, a revisão da legislação sobre património arquitectónico é um problema que deveria constar da agenda politica “há muito tempo”. “Foi uma questão que colocou maior pertinência depois do centro histórico ter sido classificado pela Unesco”, lembra. Mas o democrata vai mais longe. Não apenas o património classificado deve estar sobre “constante vigilância mas também todos os monumentos de valor arquitectónico”, aconselhou. E por isso, “são também os critérios de classificação que têm de ser alterados sob a orientação de especialistas nestas questões”, terminou.

 

Extraído do sítio da TV Jornal -  http://jc.uol.com.br/tvjornal/2007/02/20/not_120091.php - a 19/03/2007

 

 

 

O Interesse dos Media nas Questões do Património Mundial - Incêndio em Ouro Preto assusta mas não deixa feridos

O Interesse dos Media nas Questões do Património Mundial - Incêndio em Ouro Preto assusta mas não deixa feridos "Um incêndio assustou nesta terça-feira moradores e turistas que participavam do tradicional Carnaval de Ouro Preto, a 95 quilômetros de Belo Horizonte. Por volta das 15h, foliões se surpreenderam com uma densa fumaça que escapava de um imóvel na rua Diogo de Vasconcelos, no bairro Pilar, nas proximidades da prefeitura e da Universidade Federal (Ufop).

O Corpo de Bombeiros suspeita que o incêndio tenha sido causado pela explosão de um botijão de gás. O fogo provocou danos materiais, principalmente no interior da edificação. Ninguém ficou ferido. Turistas e moradores ajudaram no combate ao incêndio.

O local deveria receber os maiores shows da programação carnavalesca oficial da cidade, com concentração de grande público. A região, embora um pouco distante do centro histórico, faz parte da área tombada como patrimônio mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), segundo o secretário de Cultura e Turismo de Ouro Preto, Vittorio Lanari.

A edificação atingida, porém, é considerada recente e não apresenta características do acervo barroco da cidade.

Fonte: Agência Estado"

Extraído do sítio da TV Jornal - http://jc.uol.com.br/tvjornal/2007/02/20/not_120091.php - a 19/03/2007

O Interesse dos Media nas Questões do Património Mundial

O Interesse dos Media nas Questões do Património Mundial UNESCO PREOCUPADA COM GALÁPAGOS, MACHU PICCHU E RUÍNAS DE COPÁN

 

Santiago do Chile, 14 mar (EFE).- As Ilhas Galápagos do Equador, a cidade inca de Machu Picchu no Peru e as Ruínas de Copán (maias) de Honduras, são "pontos negros" quanto à conservação do Patrimônio na América Latina, segundo especialistas reunidos na capital chilena.

Assim informou hoje o diretor do Centro do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o italiano Francesco Bandarin, ao entregar as conclusões de uma reunião de acompanhamento da situação na região, realizada em Santiago.
"Preocupa-nos muito a situação de Galápagos, Machu Picchu e Copán", indicou o especialista italiano destacando, como experiências positivas, a conservação na região dos centros coloniais das cidades, especialmente no Brasil, Equador, Peru e México.

"Galápagos é um problema muito sério, estamos muito preocupados, é um lugar muito frágil, que não pode ser tratado como as Ilhas Canárias", disse Bandarin.
"Nas Galápagos não se pode aplicar o critério do desenvolvimento sustentável, isso é impossível", ressaltou, acrescentando que nas ilhas - dotadas de uma fauna e flora terrestre e marítima únicas no mundo - "primeiro é preciso conservar, depois vem desenvolvimento".

O funcionário informou que a Unesco também não vê com bons olhos o projeto do Governo hondurenho de construir um aeroporto nos arredores das Ruínas de Copán para fomentar o turismo.

Segundo sua opinião, isso teria um impacto negativo sobre o importante parque arqueológico situado na fronteira com a Guatemala.
Neste contexto, Bandarin assinalou que o turismo "é uma ameaça crescente aos lugares protegidos".

Na hora do balanço, no entanto, o analista disse que há mais coisas positivas entre as destacadas, especialmente o projeto para transformar em Patrimônio da Humanidade o Camino del Inca (Qhapaq Ñam), um dos projetos mais ambiciosos e inovadores no local.

Badarin informou que na Reunião de Acompanhamento do Relatório Periódico de Patrimônio Mundial na América Latina, ficou acertada a diminuição do tempo de inspeção aos países da região de seis a três anos.

A reunião congregou delegados de dez países, especialistas regionais e responsáveis por lugares do patrimônio. EFE mw ma

Extraído em 16 de Março de 2007 do Sítio “Último Segundo”: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2007/03/14/unesco_reitera_preocupacao_com_galapagos_machu_picchu_e_ruinas_de_copan_715981.html

Cidade Brasileira de Paraty completa 340 Anos

Cidade Brasileira de Paraty completa 340 Anos "Paraty completa 340 anos neste dia 28 de fevereiro, para orgulho de todos os brasileiros que conhecem a história e sabem do significado dessa data para nossa identidade nacional. A cidade é candidata ao título de Patrimônio Mundial, concedido pela Unesco, e certamente dentro de pouco tempo acumulará mais esse trunfo.

Paraty exibe ao mesmo tempo praias, monumentos históricos e atrativos ecológicos, além de retratar a história do Brasil. Assim consegue reunir todos os atrativos de uma só vez. Por isso, atualmente é uma das mais visitadas cidades turísticas brasileiras.

O Governo do Estado vai criar o ICMS Verde para premiar as cidades que cuidam do ambiente. Certamente, Paraty será uma das maiores beneficiadas desse programa. Os estudos estão sendo feitos pela equipe do secretário da Fazenda, Joaquim Levy. Esse projeto foi idéia do nosso secretário do Ambiente, Carlos Minc. Não haverá aumento de tributo, Incluiremos um item relativo ao cuidado com o ambiente para fazer o repasse do ICMS. Por lei, o estado tem que repassar 25% do que foi arrecadado para os municípios.

O Centro Histórico está recebendo cabeamento subterrâneo. Um dos requisitos indispensáveis para tornar Paraty Patrimônio da Humanidade, essa obra de R$ 10 milhões está sendo feita numa parceria entre o Governo do Estado, a Prefeitura de Paraty, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Ampla Energia e Serviço. A iluminação dos prédios históricos já foi concluída. Outras obras deverão ser executadas com o objetivo de fortalecer a candidatura ao título de Patrimônio Mundial.

Nosso governo já está dando tratamento especial ao turismo, por considerar esse um setor estratégico. Com o trabalho do secretário de Turismo, Esporte e Lazer, Eduardo Paes, e de ações integradas do Governo do Estado com outros órgãos, estamos trabalhando para que o estado do Rio e Paraty recebam ainda mais turistas. Assim, estaremos criando um ambiente seguro para os negócios e dando o choque de gestão necessário para que haja desenvolvimento de atividades, com geração de empregos e riquezas para todo o Estado do Rio."

Extraído do sítio on-line viapartua a 14/032007

http://www.viaparaty.com.br/noticias/noticias/ver.asp?cod=1795

Cidade Brasileira de Paraty completa 340 Anos

Cidade Brasileira de Paraty completa 340 Anos "Paraty completa 340 anos neste dia 28 de fevereiro, para orgulho de todos os brasileiros que conhecem a história e sabem do significado dessa data para nossa identidade nacional. A cidade é candidata ao título de Patrimônio Mundial, concedido pela Unesco, e certamente dentro de pouco tempo acumulará mais esse trunfo.

Paraty exibe ao mesmo tempo praias, monumentos históricos e atrativos ecológicos, além de retratar a história do Brasil. Assim consegue reunir todos os atrativos de uma só vez. Por isso, atualmente é uma das mais visitadas cidades turísticas brasileiras.

O Governo do Estado vai criar o ICMS Verde para premiar as cidades que cuidam do ambiente. Certamente, Paraty será uma das maiores beneficiadas desse programa. Os estudos estão sendo feitos pela equipe do secretário da Fazenda, Joaquim Levy. Esse projeto foi idéia do nosso secretário do Ambiente, Carlos Minc. Não haverá aumento de tributo, Incluiremos um item relativo ao cuidado com o ambiente para fazer o repasse do ICMS. Por lei, o estado tem que repassar 25% do que foi arrecadado para os municípios.

O Centro Histórico está recebendo cabeamento subterrâneo. Um dos requisitos indispensáveis para tornar Paraty Patrimônio da Humanidade, essa obra de R$ 10 milhões está sendo feita numa parceria entre o Governo do Estado, a Prefeitura de Paraty, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Ampla Energia e Serviço. A iluminação dos prédios históricos já foi concluída. Outras obras deverão ser executadas com o objetivo de fortalecer a candidatura ao título de Patrimônio Mundial.

Nosso governo já está dando tratamento especial ao turismo, por considerar esse um setor estratégico. Com o trabalho do secretário de Turismo, Esporte e Lazer, Eduardo Paes, e de ações integradas do Governo do Estado com outros órgãos, estamos trabalhando para que o estado do Rio e Paraty recebam ainda mais turistas. Assim, estaremos criando um ambiente seguro para os negócios e dando o choque de gestão necessário para que haja desenvolvimento de atividades, com geração de empregos e riquezas para todo o Estado do Rio."

Extraído do sítio on-line viapartua a 14/032007

http://www.viaparaty.com.br/noticias/noticias/ver.asp?cod=1795

Exemplo de Opinião Públicada nos Media sobre o Património - A opinião de J. M. Brandão de Brito publicada no Jornal de Negócios

Exemplo de Opinião Públicada nos Media sobre  o Património -  A opinião de J. M. Brandão de Brito  publicada no Jornal de Negócios

Lisboa pode sobreviver de forma sustentável desligada dos concelhos vizinhos e de toda a sua área envolvente? Qual o modelo de gestão política mais adequado? Quais são os seus factores de atracção económica e social? Qual a dimensão cultural a privilegiar? Como modernizar urbanisticamente a cidade e o seu parque arquitectónico? Como torná-la, simultaneamente, mais cosmopolita e mais acolhedora para os que cá vivem, os que cá trabalham ou, simplesmente, para aqueles que por aqui passam em viagem de negócios ou de turismo?

Em Lisboa, assiste-se a este enorme paradoxo: a sua zona mais nobre, o seu centro tradicional, a Baixa, enquanto prepara a candidatura a "Património da Humanidade", vai deixando que se multipliquem os edifícios degradados e em boa parte abandonados – o visível declínio da Baixa pombalina, nos últimos anos, constitui um imperdoável crime de lesa cidade, da qual todos seremos cúmplices mas com responsabilidades muito desigualmente repartidas.

 

Extraído a 14/03/2007 da Página on-line do Jornal de Negócios - http://www.negocios.pt/default.asp?Session=&SqlPage=Content_Opiniao&CpContentId=292029

Exemplo de Opinião Públicada nos Media sobre o Património

Exemplo de Opinião Públicada nos Media sobre  o Património

"Ponte de D. Maria e Dignidade


Nuno Grande, Médico e professor universitário


As circunstâncias que rodeiam o processo de recuperação e reconversão da Ponte D. Maria Pia traduzem um desafio à dignidade de uma geração que assiste à progressiva destruição deste património.

A responsabilidade da geração que assume os destinos das comunidades envolvidas neste processo é tanto maior quanto este monumento é Património da Humanidade e tem um significado ímpar na obra do génio criador de Gustavo Eiffel, que deste modo ensaiou a arquitectura de ferro que o notabilizou.

De facto, existem documentos que comprovam ter sido a construção da Ponte de D. Maria que permitiu desenvolver estudos conducentes à possibilidade de construção de outras pontes noutros países europeus e que possibilitou também a elaboração da construção da torre que é símbolo de Paris.

A assinatura de um protocolo da Refer com as câmaras do Porto e Gaia para promover a utilização desta ponte, após adaptação, como pedonal, foi realizada por acção empenhada do então governador civil do Porto, dr. Manuel Moreira, e das vereações das câmaras do Porto e Gaia.
Nasceu uma grande esperança em todos os que anseiam por ver recuperada a dignidade de um povo que é herdeiro deste património e não tem conseguido corresponder a esta honra. Contudo, nada tem acontecido, o que torna legítima a inquietação dos que se preocupam com a identidade cultural da nossa comunidade.
De facto, é imperativa a necessidade de desenvolver a proposta de adaptação da ponte D. Maria que foi apresentada pelo arquitecto Pedro Ramalho e que contemplava a possibilidade de organizar um centro de documentação relativo a tudo o que se relaciona com este monumento e assim contribuir para a criação de um museu Eiffel que prestasse homenagem a este génio criador que deixou um filho sepultado em Gaia, onde faleceu."

In Página On-line do Jornal de Notícias - http://jn.sapo.pt/2007/03/01/opiniao/ponte_d_maria_e_dignidade.html

Extraído a 14/03/2007

O Interesse dos Media nas Questões do Patrimóno Mundial - Uma Notícia antiga,sempre um exemplo actual

O Interesse dos Media nas Questões do Patrimóno Mundial - Uma Notícia antiga,sempre um exemplo actual

"OURO PRETO PODE PERDER TÍTULO DE PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE

A primeira cidade brasileira a receber o título de patrimônio histórico da humanidade pode ser, também, a primeira a perdê-lo. A falta de planejamento e a ocupação desordenada podem levar a Unesco a cassar esse título de cidades brasileiras, e Ouro Preto, a 95 quilômetros de Belo Horizonte (MG), pode ser a primeira da lista. O alerta foi feito durante o seminário ?Estatuto da Cidade e Patrimônio Cultural Urbano: um ensaio a partir de sítios históricos brasileiros patrimônio histórico mundial?, que encerrou no início de agosto e deixou os participantes preocupados com a situação. Os técnicos do setor de cultura e representantes de cidades inscritas como patrimônio mundial na Unesco decidiram elaborar uma carta de recomendações para Ouro Preto e enviá-la à prefeita Marisa Xavier (PDT), já que a situação do patrimônio histórico foi considerada ?excepcionalmente grave?, comparando-se a outros municípios tombados. Os técnicos da Unesco estão preocupados com a ocupação desordenada, ocasionada pela ausência de políticas de controle das invasões, o aparecimento de obras irregulares e a situação do trânsito que ameaça igrejas e o casario do século XVIII. A falta de planejamentos, contatados por especialistas, é o problema encontrado em Ouro Preto, questão que aflige também os outros oito municípios brasileiros que têm a inscrição internacional. E o problema se agrava por falta de equipes suficientes e devidamente treinadas para a fiscalização das construções. O superintendente regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Minas Gerais, Sebastião Abrahão, afirma que o plano diretor de Ouro Preto vem sendo ignorado pelas duas últimas administrações. A prefeita Marisa Xavier (PDT) disse, em entrevista ao ESTADO DE MINAS, que foi surpreendida com a informação de que o quadro urbanístico da cidade é preocupante. Para ela, Ouro Preto é a cidade barroca mais bem conservada das Américas. ?Não temo a perda do título. Só temos recebido elogios do Iphan e da Unesco?, diz. Marisa discorda da avaliação sobre o município, afirmando que nenhuma administração adotou tantas medidas para a preservação, mas admite que é impossível resolver em um ano e meio os problemas sérios, que são questões que se agravaram ao longo dos anos. O Ministério Público considera que os impactos sofridos pelo tráfego de veículos pesados nas ruas históricas podem causar inúmeros danos ao patrimônio. O promotor Luiz Henrique Manoel da Costa avaliou que se os veículos com o peso acima de sete toneladas, maiores do que um microônibus, continuarem transitando por essas vias, casas do século XVIII podem desmoronar. Uma ação civil pública propõe o fechamento do centro histórico. Com isso, somente automóveis leves poderiam passar enquanto o estudo sobre os impactos não estiver pronto. "

 

Extraído do sítio www.comunique-se.com.br a 14/03/2007
(Texto publicado em 14/08/2002)

Governo israelita chamado a suspender obras em Jerusalém

Governo israelita chamado a suspender obras em Jerusalém "

O director-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), Koichiro Matsuura, exigiu quinta-feira a suspensão de obras de construção iniciadas pelas autoridades israelitas na zona da Antiga Cidade de Jerusalém, registada na lista do património mundial em perigo, "a fim de evitar as tensões de que ninguém pode presentemente calcular a amplitude".
"O carácter distintivo da Antiga Cidade de Jerusalém explica-se pela sua estreita relação entre os edifícios históricos, religiosos e as populações que vivem perto. Tocar este equilíbrio subtil entre os símbolos das três religiões do Livro significa correr o risco de desrespeitar as crenças de cada um", escreveu Matsuura numa carta endereçada ao primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert.
A zona da Antiga Cidade de Jerusalém é protegida pela Convenção das Nações Unidas que a classificou na lista do património mundial cultural e natural desde 1972.

A UNESCO receia que as obras de construção, cujo plano Israel não revelou, atentam contra o "valor universal excepcional" do património cultural deste sítio.

O Comité do Património Mundial tinha estimado, durante a última sessão a Vilnius, na Lituânia, em 2006, que o Estado Judeu deveria transmitir à UNESCO todas as informações úteis a respeito dos novos edifícios previstos nos arredores do Muro Ocidental, incluindo os planos da reconstrução da via que dá acesso a Haram ash-Shaif."

In Globo Notícias, Extraído a 9 de Março de 2007 

Cabo Verde - Cidade Velha discute candidatura a Património Mundial da Humanidade

Cabo Verde - Cidade Velha discute candidatura a Património Mundial da Humanidade

A preparação para a candidatura da Cidade Velha a Património Mundial da Humanidade é o tema principal da reunião de hoje, 28, que junta a Comissão Instaladora do Município da Ribeira Grande de Santiago e o Instituto de Investigação e Património Cultural.

A cidade cantada Cesário Evora e Caetano Veloso é candidata ao título de Património Mundial.

 

"O dossier da candidatura do berço de Cabo Verde a património da UNESCO arrasta-se há vários anos e em Outubro passado foi prorrogado um prazo para apresentação do projecto. Em entrevista ao jornal "A Semana", na edição nº 790, o ministro da Cultura admite que "há um timing, de facto, e que se pediu um prazo maior". Manuel Veiga adianta ainda que "a Espanha já deu os meios financeiros para o funcionamento do grupo que vai preparar o dossier".

O primeiro relatório ainda não foi apresentado, mas deverá chegar ao Ministério da Cultura em breve. No entanto, Veiga diz que "num segundo momento é preciso um trabalho mais profundo. Inclusive, segundo indicações da própria UNESCO, é necessária assessoria de gente que já trabalhou numa candidatura vencedora, para não se estar a repetir certos erros". Este "segundo momento", frisa o ministro, é uma das prioridades da sua tutela para este ano.

Entretanto, aguarda-se, para os próximos dias, a apresentação do circuito integrado da Cidade Velha a ser explorado pelo consórcio hispano-cabo-verdiano Prointur. Segundo o presidente do IIPC, Carlos Carvalho, no que diz respeito à candidatura a património mundial, "a gestão do espaço é um dos pontos fundamentais".

Os locais considerados Património Mundial da Humanidade, pela UNESCO, devido à sua importância cultural ou natural, podem ser florestas, cordilheiras, lagos, desertos, edifícios, complexos ou cidades.

O World Heritage Fund doa fundos aos locais seleccionados para Património Mundial, sob o cumprimento de determinadas condições. A solicitação e candidatura deve ser feita pelo Estado onde o sítio se encontra.

Neste caso, será o Estado cabo-verdiano que, depois do dossier de candidatura estar pronto, terá que apresentar a proposta da Cidade Velha como Património Mundial da Humanidade.

O programa foi fundado pela Convenção sobre a Protecção do Património Cultural e Natural, adoptado pela Conferência Geral da UNESCO em 1972. Até 2006, estavam na lista da UNESCO um total de 820 sítios estavam listados, sendo 634 culturais, 162 naturais e 24 mistos, em 138 países diferentes."

Transcrito em 28/02/2007 do Sítio web do Jornal "A Semana": http://www.asemana.cv/article.php3?id_article=22830

 

 

Geoparque meridional aprovado pela Unesco

Geoparque meridional aprovado pela Unesco

A UNESCO aprovou a candidatura do “Geoparque Naturtejo da Meseta Meridional”, com vista ao aproveitamento turístico e científico do património geológico que se encontra no seu território. Os responsáveis locais esperam agora cada vez mais turistas.

O presidente da Naturtejo, empresa intermunicipal de promoção turística da Beira Baixa e Alto Alentejo, convidou todas as entidades públicas e privadas a “tirarem partido” da criação do primeiro geoparque em Portugal.
“Conquistámos uma marca de relevo internacional da qual todos devemos tirar partido para atrair mais turistas. Para isso contamos com todos os agentes económicos e câmaras municipais, entre outras entidades”, disse Armindo Jacinto à Agência Lusa.
A empresa intermunicipal anunciou sexta-feira que a UNESCO aprovou a candidatura do “Geoparque Naturtejo da Meseta Meridional”, com vista ao aproveitam ento turístico e científico do património geológico que se encontra no seu território. “Vamos ganhar mais visibilidade internacional”, realçou Armindo Jacinto , sublinhando que o território proposto passa a fazer parte da Rede Global de Turismo de Natureza, da UNESCO.
Além da mais-valia nas acções de promoção turística da região Centro e de Portugal, o “Geoparque Naturtejo da Meseta Meridional” passa a ser divulgado junto dos visitantes de toda a rede internacional de geoparques.
Em todo o mundo existem 37 zonas com esta classificação, 25 das quais na Europa.
A UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, é a entidade responsável pela classificação de geoparques e define-os como um território com sítios geológicos de relevo pela importância científica, raridade e beleza. É entendido como um “espaço representativo de uma região e da sua história geológica, eventos e processos” e poderá possuir, não só significado geológico, mas também “relevância ao nível da ecologia, arqueologia, história e cultura”, como é o caso do geoparque da Naturtejo.
Dezasseis geomonumentos
O “Geoparque Naturtejo da Meseta Meridional” inclui 16 geomonumentos, quatro dos quais estão no concelho de Idanha-a-Nova: o Parque Icnológico de Penha Garcia, as rotas das Minas de Segura, as formações graníticas de Monsanto e os canhões fluviais do Rio Erges.
No concelho de Oleiros encontram-se outros três monumentos naturais: a zona envolvente ao Rio Zêzere, a cascata das Fragas da Água d’Alta e a garganta de Malhada Velha.
As formações graníticas de Castelo Velho e o complexo mineiro de Monforte da Beira são os locais que fazem parte do concelho de Castelo Branco.
O geoparque inclui ainda o tronco fóssil de Perais, no concelho de Vila Velha de Ródão, e o miradouro geomorfólico das Corgas, no município de Proença-a-Nova.

 

Fonte: O Primeiro de Janeiro. Extraído a 26 de Setembro de 2006 do sítio: http://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=e4da3b7fbbce2345d7772b0674a318d5&subsec=&id=23c833178507a15c81156b62b190551a


Centro Histórico de Évora assinala 20 anos de classificação como Património Mundial

Centro Histórico de Évora assinala  20 anos de classificação como Património Mundial
Os 20 anos da classificação do centro histórico de Évora como Património Mundial, pela UNESCO, assinalam-se este ano, em Novembro, mas o programa das comemorações já arrancou e estende-se atéMarço de 2007, com um simpósio internacional. As celebrações tiveram início nas Festas da Cidade de Évora, que terminaram Domingo e durante as quais milhares de pessoas, ao longo de 10 dias, visitaram um painel decorativo de luz a recortar o perfil do centro histórico.
(2006-07-04 | Diário do Sul)
in Diário do Sul. Extraído a 25 de Setembro de 2005

REGIÃO DEMARCADA DO DOURO COMEMORA 250 ANOS DE EXISTÊNCIA

REGIÃO DEMARCADA DO DOURO COMEMORA 250 ANOS DE EXISTÊNCIA

O que publicaram os três principais diários portugueses acerca deste exemplar único de natureza e acção do Homem, classificado Património Mundial pela UNESCO em 2001.

 

 

Na continuação dos estudos de investigação que suportam a tese de Doutoramento (agora que a suficiência investigadora está concluída e o Diploma de Estudos Sociais obtidos no decurso do Doutoramento em Comunicação), desenvolve-se neste “post” um dos principais objectivos do projecto de investigação, isto é, provar (ou não) de que os meios de comunicação social dão importância e destaque a temas relacionados com o património em geral e com o património classificado em particular.

Apesar de não se tratar de um espólio arquitectónico mas sim de um património natural, apesar da intervenção do Homem na paisagem, tornou-se premente levar a cabo um pequeno estudo, por alturas da comemoração dos 250 anos da criação da mais antiga região demarcada de Portugal, a região vinhateira do Douro, que procurava apurar o volume de informação que os periódicos diários “Jornal de Notícias”, “O Público” e “Diário de Noticias” difundiram acerca desta efeméride, com incidência, naturalmente à história e ao desenvolvimento desta região demarcada.

Foi amplo o destaque atribuído pelo Jornal de Notícias ao aniversário deste património natural. Oferecendo juntamente com o periódico uma “gravura comemorativa dos 250 anos da Região Demarcado do Douro, chama à capa o tema com o título “Festa: Douro celebra 250 anos de região demarcada. Cavaco Silva presente nas comemorações” e publica cinco páginas inteiras (as primeiras do periódico) dedicadas a este acontecimento, com recurso a textos que exploram a história da região, o seu desenvolvimento, os problemas vividos por esta terra, a sua ligação eterna ao Vinho do Porto, a presença do Presidente da República, Cavaco Silva nas comemorações, a feitura de um leilão como forma de perpetuar a tradição, com espaço ainda para uma entrevista, a ocupar esta última, a ultima pagina de cinco páginas, com dito anteriormente.

No que diz respeito ao Jornal “O Público”, também este chama à capa o tema, e logo com a foto de destaque da primeira página (mas apenas na Edição “Porto”), e com o título”O Douro Moderno nasceu há 250 Anos.

Foram seis as páginas publicadas por este jornal, relacionadas com esta efeméride. Desde a página 10 à página 15, o tema é distribuído por duas páginas relacionadas com a história, uma página dedicada a uma entrevista e a figuras que fizeram a história da região, e as últimas a abordarem o futuro desta região vinícola.

Finalmente o Diário de Notícias, mais conotado com Lisboa, optou por não publicar qualquer texto acerca da temática.

 

Conclusão:

No universo do jornais portugueses, a publicação de cinco ou seis páginas relativas a um tema, é facto digno de registo, principalmente quando falamos de um tema relacionado com o património. Este facto prova que os jornais estão atento a estas matérias e vêem no património matéria de suma importância e interesse para os seus leitores, provando desta forma que as questões do património interessam aos principais meios de comunicação portugueses.

 

 

 

Património da humanidade em perigo, no Líbano

Património da humanidade em perigo, no Líbano

(Texto transcrito do sítio TV Ciência On-line, em 14/8/2006)

 

 

11-08-2006 20:00

António Manuel Silva

Conflito no médio oriente está a destruir a herança cultural da humanidade, um bem que a geração actual deve preservar e conservar para as vindouras. O alerta vem da UNESCO que apela aos beligerantes, na região, para pararem a destruição.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (UNESCO) fez soar o alarme e lançou um apelo a todos os que fazem a guerra no Líbano para preservarem os locais e o património «que faz parte do património ancestral da humanidade», afirma e Koïchiro Matsuura, director geral da organização.
A região de Tyr, no sul do Líbano, está ameaçada, depois da aviação de Israel destruir estradas e pontes de acesso, refere Koïchiro Matsuura, e sublinha que para além de estarem gravemente ameaçadas as populações, em especial as crianças, «o mundo deve proteger as áreas e os bens culturais de valor inestimável»
Koïchiro Matsuura renova e estende e o apelo para a protecção de outros lugares da herança histórica e cultural, incluindo Baalbek, Byblos, Anjar, o vale Holy e a floresta dos Cedros de Deus, no Líbano, bem como a cidade velha de Acre, em Israel.
O mundo inteiro deve assegurar que «todos os bens históricos sobrevivam para serem deixadas para as gerações futuras, da mesma forma que as gerações anteriores nos deixaram», refere Koïchiro Matsuura, que acrescenta, «todos estes nomes, que fazem parte da nossa imaginação, são símbolos do encontro das religiões e das culturas que se reconhecem universais e fazem parte da nossa herança comum».
Israel e o Líbano são subscritores da Convenção da Haia, de 1954, para a protecção dos bens culturais em caso de conflito armado e da Convenção do Património Mundial Cultural e Natural, de 1972. Em conformidade com as convenções Koïchiro Matsuura faz um veemente apelo, para que sejam cumpridos todos os compromissos e tomadas todas as medidas necessárias para salvaguardar e proteger os bens culturais e de património da humanidade.
A UNESCO encontra-se pronta para, logo que a situação o permita, intervir a fim de avaliar o estado dos lugares, e efectuar as intervenções necessárias à reabilitação dos bens de património histórico, referiu o director da UNESCO, de acordo com comunicado da organização.
Koïchiro Matsuura, na qualidade de director geral da Unesco interroga-se sobre a situação actual no Libano com as seguintes perguntas:
Que futuro para um pais onde as pessoas são deslocadas, acossadas pelo fogo, e onde a morte está sempre presente?
Que futuro para um país onde as crianças vêem as escolas ser destruidas, um país onde a memoria é trespassada em conjunto com a herança cultural dos lugares prestegiados e que são a herança da humanidade na sua totalidade?
Quais as perspectivas podem existir para a de uma sociedade do conhecimento num país saqueado pela perda da da sua energia e dos dos talentos essenciais?
O que é que vemos no futuro para a juventude do Médio Oriente, independentemente da nacionalidade, filiação ou relegião, quando os espíritos correm o risco de estar totalmente e profundamente preocupados, que nunca mais poderão aprender a falar com os seus vizinhos?

 

 


REPORTAGEM TSF: «Fechado para Obras»

REPORTAGEM TSF: «Fechado para Obras»
"O Centro Histórico do Porto juntou-se, em 1996, à lista dos locais seleccionados pela UNESCO como Património da Humanidade - uma distinção que se começou a desenhar a 25 de Junho desse ano, quando um comité de peritos internacional aprovou a candidatura do Porto, por unanimidade.

Dez anos depois, o Centro Histórico do Porto está mais degradado, mais vazio, mais entaipado. Aos microfones da TSF, portuenses, muito conhecidos ou dos mais anónimos, pronunciam-se quase em uníssono sobre a desilusão e revelam, mesmo, alguma frustração. Neste trabalho, conta-se também como tem sido possível evitar que o Centro Histórico venha a ser despromovido para a lista de Património da UNESCO em risco e escuta-se o autarca Rui Rio prometer 10 anos muito diferentes - para melhor.

«Fechado para obras» é uma grande reportagem de João Paulo Meneses com montagem e sonorização de Joaquim Dias."
Uma reportagem emitida a 24 de Junho, pelas 19h - CLIQUE AQUI PARA OUVIR -
Uma reportagem de grande qualidade que vale a pena ouvir e depois reflectir.

CENTRO HISTÓRICO DO PORTO COMEMORA 10 ANOS COMO PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE

CENTRO HISTÓRICO DO PORTO COMEMORA 10 ANOS COMO PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE

É em Dezembro que o Porto irá comemorar a decisão transmitida há dez anos pela 20ª Sessão do Comité do Centro do Património Mundial, reunido em Mérida, no México, de classificar o centro histórico da cidade invicta como Património da Humanidade (ou vulgarmente intitulado de Património Mundial). Apesar de ainda faltarem cerca de seis meses para se assinalar esta efeméride, já vem a lume alguns projectos destinados a recordar esta data emblemática para o burgo portuense: lançamentos de livros de alguns dos principais autores da poesia portuense para não deixar passar em claro esta data, publicação de um estudo relativo aos dez anos de património mundial, o que foi feito e que não foi feito para a preservação e divulgação do património.

Já esta semana, a rádio TSF emitirá um trabalho desenvolvido pelo jornalista João Paulo Menezes sobre o “outro lado da medalha”, isto é, a desilusão face à inércia visível no que respeita ao esforço de se preservar e divulgar o que muito “custou a alcançar” (Jornal de Notícias, sete de Dezembro de 1996). A não perder!