REGIÃO DEMARCADA DO DOURO COMEMORA 250 ANOS DE EXISTÊNCIA
O que publicaram os três principais diários portugueses acerca deste exemplar único de natureza e acção do Homem, classificado Património Mundial pela UNESCO em 2001.
Na continuação dos estudos de investigação que suportam a tese de Doutoramento (agora que a suficiência investigadora está concluída e o Diploma de Estudos Sociais obtidos no decurso do Doutoramento em Comunicação), desenvolve-se neste “post” um dos principais objectivos do projecto de investigação, isto é, provar (ou não) de que os meios de comunicação social dão importância e destaque a temas relacionados com o património em geral e com o património classificado em particular.
Apesar de não se tratar de um espólio arquitectónico mas sim de um património natural, apesar da intervenção do Homem na paisagem, tornou-se premente levar a cabo um pequeno estudo, por alturas da comemoração dos 250 anos da criação da mais antiga região demarcada de Portugal, a região vinhateira do Douro, que procurava apurar o volume de informação que os periódicos diários “Jornal de Notícias”, “O Público” e “Diário de Noticias” difundiram acerca desta efeméride, com incidência, naturalmente à história e ao desenvolvimento desta região demarcada.
Foi amplo o destaque atribuído pelo Jornal de Notícias ao aniversário deste património natural. Oferecendo juntamente com o periódico uma “gravura comemorativa dos 250 anos da Região Demarcado do Douro, chama à capa o tema com o título “Festa: Douro celebra 250 anos de região demarcada. Cavaco Silva presente nas comemorações” e publica cinco páginas inteiras (as primeiras do periódico) dedicadas a este acontecimento, com recurso a textos que exploram a história da região, o seu desenvolvimento, os problemas vividos por esta terra, a sua ligação eterna ao Vinho do Porto, a presença do Presidente da República, Cavaco Silva nas comemorações, a feitura de um leilão como forma de perpetuar a tradição, com espaço ainda para uma entrevista, a ocupar esta última, a ultima pagina de cinco páginas, com dito anteriormente.
No que diz respeito ao Jornal “O Público”, também este chama à capa o tema, e logo com a foto de destaque da primeira página (mas apenas na Edição “Porto”), e com o título”O Douro Moderno nasceu há 250 Anos.
Foram seis as páginas publicadas por este jornal, relacionadas com esta efeméride. Desde a página 10 à página 15, o tema é distribuído por duas páginas relacionadas com a história, uma página dedicada a uma entrevista e a figuras que fizeram a história da região, e as últimas a abordarem o futuro desta região vinícola.
Finalmente o Diário de Notícias, mais conotado com Lisboa, optou por não publicar qualquer texto acerca da temática.
Conclusão:
No universo do jornais portugueses, a publicação de cinco ou seis páginas relativas a um tema, é facto digno de registo, principalmente quando falamos de um tema relacionado com o património. Este facto prova que os jornais estão atento a estas matérias e vêem no património matéria de suma importância e interesse para os seus leitores, provando desta forma que as questões do património interessam aos principais meios de comunicação portugueses.
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