O Interesse dos Media nas Questões do Património Mundial
Santiago do Chile, 14 mar (EFE).- As Ilhas Galápagos do Equador, a cidade inca de Machu Picchu no Peru e as Ruínas de Copán (maias) de Honduras, são "pontos negros" quanto à conservação do Patrimônio na América Latina, segundo especialistas reunidos na capital chilena.
Assim informou hoje o diretor do Centro do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o italiano Francesco Bandarin, ao entregar as conclusões de uma reunião de acompanhamento da situação na região, realizada em Santiago.
"Preocupa-nos muito a situação de Galápagos, Machu Picchu e Copán", indicou o especialista italiano destacando, como experiências positivas, a conservação na região dos centros coloniais das cidades, especialmente no Brasil, Equador, Peru e México.
"Galápagos é um problema muito sério, estamos muito preocupados, é um lugar muito frágil, que não pode ser tratado como as Ilhas Canárias", disse Bandarin.
"Nas Galápagos não se pode aplicar o critério do desenvolvimento sustentável, isso é impossível", ressaltou, acrescentando que nas ilhas - dotadas de uma fauna e flora terrestre e marítima únicas no mundo - "primeiro é preciso conservar, depois vem desenvolvimento".
O funcionário informou que a Unesco também não vê com bons olhos o projeto do Governo hondurenho de construir um aeroporto nos arredores das Ruínas de Copán para fomentar o turismo.
Segundo sua opinião, isso teria um impacto negativo sobre o importante parque arqueológico situado na fronteira com a Guatemala.
Neste contexto, Bandarin assinalou que o turismo "é uma ameaça crescente aos lugares protegidos".
Na hora do balanço, no entanto, o analista disse que há mais coisas positivas entre as destacadas, especialmente o projeto para transformar em Patrimônio da Humanidade o Camino del Inca (Qhapaq Ñam), um dos projetos mais ambiciosos e inovadores no local.
Badarin informou que na Reunião de Acompanhamento do Relatório Periódico de Patrimônio Mundial na América Latina, ficou acertada a diminuição do tempo de inspeção aos países da região de seis a três anos.
A reunião congregou delegados de dez países, especialistas regionais e responsáveis por lugares do patrimônio. EFE mw ma
Extraído em 16 de Março de 2007 do Sítio “Último Segundo”: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2007/03/14/unesco_reitera_preocupacao_com_galapagos_machu_picchu_e_ruinas_de_copan_715981.html
0 comentarios