Blogia
COMUNICAÇÃO E PATRIMÓNIO MUNDIAL - Blogue de Apoio à Tese de Doutoramento

Citações dos livros investigados no decurso da Tese de Doutoramento

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PRESENTES NO TRABLHO DE INVESTIGAÇÃO RELATIVO À OBTENÇÃO DO DIPLOMA DE ESTUDOS AVANÇADOS EM COMUNICAÇÃO PELA UNIVERSIDADE DE VIGO

A Importância da Comunicação para a Preservação, Divulgação e Atribuição do Título de Património Mundial no Âmbito da UNESCO aos Centros Históricos urbanos

 

“Acção sobre a opinião pública”[1], como podemos ler em Jaime de Urzaíz e Fernandez del Castillo. E, como defende este autor[2] “se a opinião pública consiste na manifestação de altitudes colectivas que predominam na sociedade, no que diz respeito ao problemas de interesse geral”, também o mesmo se pode suceder com o “problema” do património, isto é, tornar a importância da sua preservação num “problema de interesse geral” para a opinião pública

 



[1] Del Castillo, Jaime de Urzáiz y Fernández (1997). De las Relaciones Públicas a la Comunicación Social Integral, Una Nueva Estrategia Comunicativa para las empresas y Instituciones. Madrid: Editorial San Martin, S.L., p. 87

[2] Del Castillo, J. U. F., Ídem.

 

 

- ICOMOS: sigla para “International Council on Monuments and Sites[1]. De acordo com o site desta instituição, o ICOMOS “é uma associação civil, não-governamental, com sede em Paris. É ligado à UNESCO, onde propõe os bens que receberão classificação de Património Cultural da Humanidade. O ICOMOS foi criado em 1964, durante o II Congresso Internacional de Arquitectos, em Veneza, ocasião em que foi escrita a declaração internacional de princípios norteadores de todas as acções de restauro”[2]. É um dos mais importantes parceiros da Rede de Informação do Património Mundial, já que é este organismo que providencia ao Comité para o Património Mundial as suas avaliações sobre as propriedades culturais de um monumento a ser inscrito na Lista do Património Mundial.



[1] Trad: Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios

[2] ICOMOS (2005), O que é ICOMOS. Extraído em 21 de Fevereiro de 2005 do sítio da ICOMOS: http://www.icomos.org.br/icomos.htm

 

IUCN: sigla para “International Union for Conservation of Nature and Natural Resources[1], esta instituição, fundada em 1948, e vulgarmente intitulada como “World Conservation Union”, é uma organização não-governamental, que, no que diz respeito ao Património Mundial, orienta o Comité para o Património Mundial na selecção de lugares considerados património natural. Com uma rede global de cientistas voluntários o IUCN vai mantendo o Comité informado do estado de conservação desse mesmo património classificado.



[1] Trad: União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais

 

- ICOM: sigla para “International Counsil of Meuseums”, é uma instituição que se dedica à promoção e desenvolvimento dos museus e da profissão de museólogo à escala mundial. Fundada em 1946 colabora com a UNESCO na preservação dos museus inscritos na Lista do Património Mundial).

 

José Maria La Porte[1] defende que:

 

Es cierto que campañas publicitarias destinadas a los públicos externos pueden también – de hecho es así – influir en los empleados, al igual que pueden ser influidos desde fuera de la empresa, por ejemplo, como consecuencia de un programa filantrópico que ésta ha puesto en marcha en una ciudad: un centro educativo, un museo, una muestra o cualquier otra iniciativa.



[1] La Porte, José Maria (2001). Entusiasmar a la Própria Institución. Gestión y Comunicacion Interna en las Organizaciones Sin Ánimo de Lucro. Madrid: Ediciones Internacionales Universitarias, p. 37

 

 

Tomás Alvarez e Mercedes Caballero[1] defendem, ainda no âmbito da comunicação interna que:

 

“Comunicación interna es un departamento que está aún estado embrionarios en muchas organizaciones, pero que se revela como absolutamente necesario en una estructura moderna, habida cuanta de su capacidad para dinamizar el entramado social de la entidad, dotándolo de una filosofía de acción, una identificación con la dirección, y logrando canalizar las energías interiores de cada uno de los integrantes para una mayor eficacia y competitividad”.



[1] Álvarez, Tomás & Caballero, Mercedes (1998). Vendedores de Imagen.Los retos de los nuevos Gabinetes de Comunicación. Barcelona: Ediciones Paidós Ibérica

 

 

Estes dois autores expõem[1] ainda que:

 

El objetivo básico es el de conseguir la implicación de los distintos componentes de la empresa o institución en una filosofía global de la misma. El éxito de la dirección de la identidad depende de la capacidad de motivar a las personas, logrando con ello incorporar la creatividad, el compromiso, el talento de cada individuo. Este enfoque parte de una base: el descubrimiento del valor de los recursos humanos del colectivo, y conforma a la comunicación interna como el agente de un contrato social entre el individuo y la identidad.



[1] Álvarez, T & Caballero M. Idém

 

Fernando Martín Martin[1] apresenta uma concreta definição de comunicação interna:

 

Conjunto de actividades efectuadas por cualquier organización, para la creación y mantenimiento de buenas relaciones con y entre sus miembros, a través del uso de diferentes medios de comunicación, que los mantengan informados, integrados y motivados, para contribuir con su trabajo al logro de los objetivos organizacionales.



[1] Martín, Fernando Martín (1998). Comunicación Empresarial e Institucional. Madrid: Editorial Universitas, p. 28

 

Citando Horácio Andrade[1], que:

 

Comunicación Externa: «Conjunto de mensajes emitidos por cualquier organización hacia sus diferentes públicos externos, encaminados a mantener o mejorar sus relaciones con ellos, a proyectar una imagen favorable o a promover sus actividades, productos o servicios».



[1] Martín, Fernando Martín (1998). Op. Cit. , p.28-29

 

 

Para Carlos G. Ramos Padilla[1] a comunicação externa “é a que se origina entre um ou vários dos membros da organização com as pessoas que não pertencem a ela. Esta comunicação pode efectuar-se dentro ou fora das instituições da organização. Como exemplos pode citar-se a edição de revistas promocionais, comunicados de imprensa, campanhas de publicidade, convites pessoais ou grupais, projecções audiovisuais, etc.”

Para Benigno Sanabria[2] toda a instituição deve-se dar a conhecer à sociedade em que se insere:

 

Toda institución, cualquiera que sea su objetivo (comercial, institucional, gubernamental, de producción, servicios, educacional, etc.) es creada para satisfacer necesidades sentidas, creadas o reales de una comunidad; y sea cual fuere la situación económica, política o social imperante, la institución necesita detectar cuáles son los escenarios en que la comunidad se esta moviendo, para crear las bases motivacionales a proyectar, con el fin de mantenerse allí en un espacio, un posicionamiento o un nicho productivo. La dinámica es una sola: la organización requiere amoldarse a las condiciones existentes en la comunidad, sin ver hacia atrás, sólo hacia el futuro.



[1] Padilla, Carlos G. Ramos (1991). La Comunicación: Un punto de Vista Organizacional. México: Editorial Trillas. , pp. 29-30. Trad.

[2] Sanabria, Benigno E.. Alicea (2003). Comuicación Empresarial Ejecutiva. Porto Rico: Centro de Competências da Comunicação da Universidade de Porto Rico., p.  7

 


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PRESENTES NO TRABLHO DE INVESTIGAÇÃO RELATIVO À OBTENÇÃO DO DIPLOMA DE ESTUDOS AVANÇADOS EM COMUNICAÇÃO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PRESENTES NO TRABLHO DE INVESTIGAÇÃO RELATIVO À OBTENÇÃO DO DIPLOMA DE ESTUDOS AVANÇADOS EM COMUNICAÇÃO

O acontecimento que despertou o interesse internacional por esta problemática foi, afirma a UNESCO[1] “a decisão de construir a barragem de Aswan, no Egipto, o qual inundaria o vale que contém os templos de Abu Simbel, um tesouro da antiga civilização egípcia. Em 1959, após um apelo dos governos do Egipto e do Sudão, a UNESCO decidiu lançar uma campanha internacional de protecção. A pesquisa arqueológica nas áreas a serem inundadas foi acelerada. Sobretudo, os templos de Abu Simbel e de Philae foram desmontados, movidos para terra seca e remontados”. Esta campanha custou, segundo os mesmos registos, 80 milhões de dólares americanos, com metade desta quantia a ser doada por cerca de 50 países.



[1] UNESCO, World Heritage Centre (2005), Brief History. Extraído em 13 de Fevereiro de 2005 do sítio da UNESCO: http://whc.unesco.org/pg.cfm?cid=169. Trad.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PRESENTES NO TRABLHO DE INVESTIGAÇÃO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PRESENTES NO TRABLHO DE INVESTIGAÇÃO

“Os nossos antepassados sabiam talvez que os jardins de Kahore, as mesquitas do Cairo, a Catedral de Amiens e os hipogeus de Malta eram monumentos sumptuosos, raros, estranhos. Por vezes mostravam-se sensíveis ao esplendor de uma montanha, de um grande rio e até de uma selva povoada de animais selvagens e chegavam a admitir que estes elementos pudessem fazer o orgulho de um povo e testemunhar a nobreza da sua história ou que estes acidentes geográficos pudessem simbolizar uma nação, suas aventuras e suas desventuras. Mas não lhes teria ocorrido a ideia de que isso tivesse um «valor universal»” UNESCO[1]



[1] UNESCO, Comissão Nacional (1992), O que é: A Protecção do Património Mundial, Cultural e Natural (Lisboa, C.N. UNESCO). Pág.3.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PRESENTES NO TRABLHO DE INVESTIGAÇÃO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PRESENTES NO TRABLHO DE INVESTIGAÇÃO

Carlos Sotelo Enríquez[1] aposta na proposição de que:

La política de comunicación institucional, de acuerdo con una filosofía integradora, se lleva a cabo en los ámbitos interno y externo. Es un proceso simultáneo, y por tanto, no sucede primero en el interior de la organización, para después difundirse en el exterior, tal como han pretendido algunas doctrinas. Reconocer la participación de otras personas físicas y jurídicas, además de los miembros de la institución, en el desarrollo de la identidad, supone abrir la organización a otras relaciones informativas que ocurren al mismo tiempo.



[1] Enríquez, Carlos Sotelo (2001). Introducción a la Comunicación Institucional. Barcelona: Editorial Ariel. Pág. 187.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PRESENTES NO TRABLHO DE INVESTIGAÇÃO

Também a ideia de se preservar o património deve se constituir numa causa. E para que se propague essa ideia, é essencial que as instituições (museus, centros nacionais e internacionais de defesa do património, centros de investigação para o estudo da arqueologia, entre outros) que de alguma forma atentem à defesa do património edificado olhem sempre para a vertente comercial e empresarial, entrando desta forma em contacto, no formato da comunicação institucional ou de relações públicas, contacto entre as variadas organizações com o sector privado que orbita em volta de monumento emblemáticos e de procura turística. Falamos de hotéis, salas de lazer, agências de turismo, etc. Porque serão essa mesmas instituições que poderão, conjuntamente, custear todo o esforço de publicitação não só do património mas também da união das instituições em volta de um objectivo comum que é a preservação do património referente, num a clara estratégia de marketing e de relações púbicas, já que, no que diz respeito às relações públicas, pode-se tratar também uma “acção sobre a opinião pública”[1], como podemos ler em Jaime de Urzaíz e Fernandez del Castillo. E, como defende este autor[2] “se a opinião pública consiste na manifestação de altitudes colectivas que predominam na sociedade, no que diz respeito ao problemas de interesse geral”, também o mesmo se pode suceder com o “problema” do património, isto é, tornar a importância da sua preservação num “problema de interesse geral” para a opinião pública.



[1] Del Castillo, Jaime de Urzáiz y Fernández (1997). De las Relaciones Públicas a la Comunicación Social Integral, Una Nueva Estrategia Comunicativa para las empresas y Instituciones. Madrid: Editorial San Martin, S.L. Pág. 87

[2] Del Castillo, J. U. F., Ídem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PRESENTES NO TRABLHO DE INVESTIGAÇÃO

Vivendo numa sociedade global onde a fronteira cai por terra e como “as culturas se difundem umas com as outras em tempos de globalização, pasteurizando-as a favor de um mercado económico mundial”, como defende Cristiane Pimentel Neder[1], apostar nas técnicas e nos meios de comunicação social são a melhor forma a talvez a arma mais importante para a difusão de qualquer ideia ou acto consciencioso ou simplesmente a transmissão de uma ideia que se aceita e se quer preservar e, na melhor das hipótese, difundir, no sentido de “ganhar adeptos para as causas”, e, como refere Adriano Rodrigues[2]a comunicação não é um produto, mas um processo de troca simbólica generalizada, processo de que se alimenta a sociabilidade, que gera os laços sociais que estabelecemos com os outros”, ou uma fonte de propagação.


[1] Neder, Cristiane Pimentel (2001). As Influências das Novas Tecnologias de Comunicação Social na Formação Política. Tese de Mestrado não publicada. Escola de Comunicação e Artes da Universidade de S. Paulo. Pág. 4

[2] RODRIGUES (1999). Adriano Duarte, Comunicação e Cultura. A experiência cultural na Era da Informação, Lisboa: Editorial Presença. Pág. 22

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PRESENTES NO TRABLHO DE INVESTIGAÇÃO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PRESENTES NO TRABLHO DE INVESTIGAÇÃO

E de que forma é que um dos principais esteios dos média, os jornais, vêm a divulgação do património? Partilharão os jornais da ideia de que a divulgação do património histórico arquitectónico poderá ser uma chance de desenvolvimento e de captação de novas mais-valias, nomeadamente no que diz respeito à publicidade? Será que este tipo de matérias, no que se refere à criação de notícias, interessa aos jornais, particularmente? Será que o público normalmente assíduo destes jornais é sensível a este tipo de temáticas. Valerá a pena, perguntam os periódicos, publicar notícias referentes a este tema.

Neste trabalho pretende-se exactamente levantar um pouco a “ponta do véu” quanto a estas questões, utilizando dois importantes exemplos da imprensa ibérica: o “Jornal de Notícias”, edição fundamental para a população portuense, do norte de Portugal e cada vez mais de todo país; a “Voz de Galicia”, publicação essencial no universo da imprensa galega, de suma importância para os habitantes da “Cidade do Apóstolo”, Santiago de Compostela.

Saber se estes dois jornais são sensíveis a este tipo de matérias ou conteúdos é o mote para este trabalho. Até que ponto chega o interesse destes dois exemplos no que diz respeito aos temas relacionados com o património mas mais concretamente com aquele que é classificado pela UNESCO com Património Mundial (ou da Humanidade) é essencial para a formulação da tese de que as questões relacionadas com a Comunicação (comunicação institucional, relações públicas, publicidade e mesmo protocolo) têm um papel capital na atribuição do título de Património Mundial no âmbito da UNESCO às cidades europeias com centro histórico, não bastando para isso ter somente um “valor universal proeminente do ponto vista da história, arte ou ciência”[1]


[1] UNESCO (1972). Convention concerning the Protection of the World Cultural and Natural Heritage. Paris: UNESCO. Pág.2. Trad.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PRESENTES NO TRABLHO DE INVESTIGAÇÃO RELATIVO À OBTENÇÃO DO DIPLOMA DE ESTUDOS AVANÇADOS EM COMUNICAÇÃO

Os média, ao criarem conteúdos audiovisuais, por exemplo, saciam a vontade de uma massa de pessoas sequiosas de saberem mais, de forma a esquecerem um pouco a sua vida rotineira do dia-a-dia, dos seus problemas e assim vestirem a pele, nem que por momentos, de um “pseudo” estudioso das matérias ligadas à História.

Algo semelhante aconteceu, por exemplo com a astronomia, e diga-se, de uma forma inovadora e mesmo motivante, já que este exemplo está na base proliferação de conteúdos documentais e mesmo da criação de canais temáticos ligados às ciências e à história, como defende Richard Dixon Ulmidge[1].


[1] Ulmidge, Richard Dixon (1982). The Development of Scientific and Cultural Contents in Television. Atlanta: Social Studies Events. Trad.

 

 

Ulmidge[1] salienta que “a série Cosmos teve o condão de despertar no espectadores uma curiosidade insaciável, de tal forma que esta série chegou a alcançar 70 por cento de share de audiências”.



[1] Ulmidge, Richard Dixon (1982). Op. Cit., pág. 34. Trad.