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COMUNICAÇÃO E PATRIMÓNIO MUNDIAL - Blogue de Apoio à Tese de Doutoramento

O que dizem os jornais acerca da temáticas relacionadas com o Património Mundial

ARTE CHOCALHEIRA PORTUGUESA É PATRIMÓNIO IMATERAL DA HUMANIDADE E OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL FIZERAM ECO DESSA DISTINÇÃO

ARTE CHOCALHEIRA PORTUGUESA É PATRIMÓNIO IMATERAL DA HUMANIDADE E OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL FIZERAM ECO DESSA DISTINÇÃO

O fabrico de chocalhos em Portugal juntou-se ao Fado, à Dieta Mediterrânica e ao Cante Alentejano na lista de bens nacionais distinguidos como Património Imateral da Humanidade pela UNESCO.

No dia 1 de Dezembro, a UNESCO, na 10ª reunião do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, que teve lugar em Windhoek, capital da Namíbia, decidiu classificar o fabrico do chocalho, instrumento usado para localizar e dirigir os rebanhos pela importância cultural para as gentes sobretudo do Alentejo e com especial destaque para Alcáçovas, conhecida como a "Capital do Chocalho", mas também pelo facto de este bem se encontrar em perigo de desaparecer, já que restam muito poucos mestres na arte do seu fabrico.

Esta candidatura foi liderada pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo (ERT), em parceria com a Câmara Municipal de Viana do Alentejo e a Junta de Freguesia de Alcáçovas. 

Os meios de comunicação social portugueses fizeram assinalado eco dessa classificação, tendo a rádio TSF criado uma versão do seu "jingle" original com som do chocalho.

Clique abaixo nos links de algumas das reportagens publiucadas ou emitidas por alguns dos principais meios de comunicação social portugueses:

Público

Observador

Rádio Renascença

RTP

SIC

O INTERESSE DOS MEDIA PELO PATRIMÓNIO MUNDIAL - Ainda a questão da construção da Barragem do Tua


Perda da classificação de Património Mundial não é admitida

GOVERNO ADMITE REVER TODO O PROCESSO FACE AOS RISCOS DA CONSTRUÇÃO DA BARRAGEM NO TUA

O Governo não descarta a hipótese de rever todo o processo de construção da barragem de Foz Tua e garante que a única coisa que neste momento não é admitida é a possibilidade de a UNESCO vir a retirar a classificação de Património Mundial do Alto Douro Vinhateiro.
"Tem que ser uma decisão muito ponderada e assumida em bloco, e o Governo pondera analisar e avaliar toda a situação." Foi com estas palavras que o secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, se referiu ontem à possibilidade de travar o projecto de construção da polémica obra, durante uma entrevista à RTP Informação. Questionado sobre se o Governo admitia a possibilidade de fazer parar a obra, Viegas foi taxativo: "A única coisa que o Governo não admite é perder a classificação."
Deixando claro que falava em nome do Governo, o secretário de Estado da Cultura respondia assim aos diversos organismos que durante o dia de ontem pediam a suspensão das obras, reagindo à divulgação pelo PÚBLICO de um documento da UNESCO que aponta para um "impacto irreversível" com a construção do empreendimento hidroeléctrico.
Reconhecendo que o relatório – que chegou ao Governo português já em Agosto, mas que foi mantido em confidência – "aponta riscos, irregularidades e danos", Viegas deixou também que claro que a situação é melindrosa e que ele próprio já havia alertado para a mesma na Assembleia da República.
"Tudo isto se teria evitado", disse ainda, "se tivessem sido ouvidos os organismos da cultura, designadamente o Igespar e a delegação regional da Cultura do Norte." Dirigiu também duras críticas à actuação do Governo de José Sócrates. "O projecto foi aprovado quando o cimento era tudo. Foi uma decisão apressada que marcou o Governo anterior", acusou, deixando entender que está agora a ser feito um esforço para tentar adaptar o projecto para reduzir ao mínimo o impacto paisagístico.
Neste sentido, também a EDP informou que estão a ser feitas alterações, a cargo de Eduardo Souto Moura. A contratação deste prestigiado arquitecto tinha sido anunciada já no início de Novembro, deduzindo-se que terá sido já uma consequência do relatório, que era então desconhecido.
Chuva de críticas
A divulgação do documento desencadeou ontem uma chuva de críticas à barragem e ao risco que comporta para a classificação da UNESCO para a região. O partido Os Verdes agendou já para amanhã um debate parlamentar sobre a matéria, recorrendo à prerrogativa de agendamento potestativo, e exigiu também a ida ao Parlamento do secretário de Estado da Cultura.
O Bloco de Esquerda exigiu a suspensão da obra, dizendo que é "uma completa leviandade" e "um projecto ruinoso", o mesmo acontecendo com as organizações ecologistas Quercus e GEOTA. "Esperamos que o Governo procure pesar se é mais importante para o país o Douro como Património Mundial ou a barragem do Tua", disse à Lusa uma representante da Quercus, Susana Fonseca, enquanto o presidente do GEOTA, João Joanaz de Melo, reforçava a ideia de que, "do ponto de vista da política energética, a obra é perfeitamente inútil".
Também a associação dos empresários de turismo do Douro manifestou a sua preocupação face ao risco para a classificação da paisagem do Alto Douto Vinhateiro. "Nós defendemos o património, claramente", disse o presidente da associação, José António Fernandes, igualmente citado pela Lusa. A favor da obra, só mesmo presidente da Câmara de Alijó, Artur Cascarejo, para quem "agora que já estão em obra e que a paisagem está escavada é que vêm pôr em causa o empreendimento".
Objectivo é aproveitar 70% da potência hídrica nacional
A barragem da Foz do Tua, que começou a ser construída este ano e tem entrada em actividade prevista para 2015, é um dos oito empreendimentos que constam do Plano Nacional de Barragens com "elevado potencial hidroeléctrico".
Na altura em que lançou o novo plano, em 2007, o objectivo anunciado pelo Governo era elevar o aproveitamento da potência hídrica para a produção de electricidade dos actuais 46% para 70% em Portugal.
Em causa está diminuir a dependência energética do exterior, nomeadamente as importações de gás natural utilizado na produção de electricidade, e reforçar o peso de energias renováveis no contexto nacional. Aliás, as barragens de tipo reversível, como é o exemplo de Foz do Tua, servem também como uma espécie de "armazenamento" para uma parte da energia produzida pelas eólicas, quando essa não está a ser consumida.Situada próxima da confluência entre os rios Tua e Douro, Foz do Tua é a barragem que tem prevista uma maior produção de energia (350 GWh por ano). Não é, no entanto, o maior investimento: aponta-se para a aplicação de 339 milhões de euros pela EDP em Foz do Tua, num plano com um total de 1,9 mil milhões (excluindo Padroselos).

O objectivo do Governo de José Sócrates era avançar para a concessão de dez barragens (ver mapa), mas os concursos para Pinhosão e Almourol ficaram desertos. Três projectos ficaram nas mãos da EDP: Foz do Tua, Fridão e Alvito, as duas últimas com conclusão prevista para 2016.

A Iberdrola ficou com quatro barragens (Padroselos, Daivões, Alto Tâmega e Gouvães), a concluir apenas em 2018. E, dois anos antes, espera-se que termine Girabolhos, concessionada pela também espanhola Endesa.
Sequeira, Inês e Augusto Moreira, José (2011, Dezembro 8). Governo admite rever todo o processo face aos riscos da construção da barragem no Tua. Extraído em 9 de Dezembro de 2011 do sítio do Jornal O Público: http://www.publico.pt/Local/governo-admite-rever-todo-o-processo-face-aos-riscos-da-construcao-da-barragem-no-tua-1524294

 

O INTERESSE DOS MÉDIA PELA TEMÁTICA DO PATRIMÓNIO MUNDIAL - DOURO 10 Anos de Património Mundial

A versão on-line do jornal O Público apresenta uma extensa edição em cobertura fotográfica comemorativa do décimo aniversário da classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Natural da Humanidade - foi a 13 de Dezembro de 2001 que o Comité do Património, reunido em assembleia-geral na cidade de Helsínquia inscreveu este bem português na restrita lista do Património Mundial.
Clique aqui para consultar

Temática do Património Mundial e da salvaguarda dos bens culturais e dos Bens naturais continua na Ordem do Dia mas desta vez pelas piores razões

Depois da Classificação do Fado como Patrimonio Mundial, o tema do Patrimonio continua na ordem do dia: poderá o Douro perder o título de Património Mundial por causa da construção da nova barragem do Tua? Apesar da noticia que se segue ainda não há motivo para alarme, pelo menos para já. Mas há que estar atento e ser lesto:


Relatório da UNESCO
Barragem do Tua põe em risco Património Mundial no Douro


Faz agora dez anos que a região foi classificada pela UNESCO

O Comité do Património Mundial da UNESCO considera que a construção da barragem de Foz Tua tem um "impacto irreversível e ameaça os valores" que estão na base da classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial. Esta é uma das conclusões do relatório da missão consultiva que, a solicitação do Governo português, visitou o local no início de Abril e que aponta ainda para outros impactos negativos e graves do empreendimento. O documento foi produzido pelo Icomos, uma associação de profissionais da conservação do património que é o órgão consultivo daquele comité da UNESCO.

O relatório, a que o PÚBLICO teve acesso, foi concluído em finais de Junho e remetido ao comité, que o enviou depois para as autoridades portuguesas já em Agosto, por protocolo diplomático, via Ministério dos Negócios Estrangeiros, mas permanece ainda no segredo os gabinetes, não sendo conhecida qualquer reacção ou resposta do Governo. Além de analisar os impactos e as consequências do avanço da obra para a área de paisagem classificada como património da humanidade, o relatório critica também duramente o comportamento das autoridades portuguesas.

Nos últimos anos registaram-se dois casos em que a Unesco retirou a classificação de Património Mundial: na cidade de Dresden e em Omã.

Moreira, José Augusto (2011, Dezembro 7). Barragem do Tua põe em risco Património Mundial no Douro. Extraído em 7 de Dezembro de 2011 da versão IPhone do Jornal O Público

O Testemunho das Autoridades quanto à Importância de divulgar, premiar e Certificar o Património Cultural

Cavaco homenageia forma artística que resistiu “às modas e ao tempo"

Miguel Manso

Depois da distinção da UNESCO, o Presidente da República organizou uma homenagem ao fado

O Presidente da República considerou esta sexta-feira o fado como a forma de expressão artística que melhor define a alma dos portugueses, sublinhando a sua característica de resistir “às modas e ao tempo”.

“O fado é talvez a mais significativa forma de expressão artística em Portugal, aquela que mais nos identifica internacionalmente e aquela que melhor define a alma do nosso povo”, afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, durante uma cerimónia de homenagem ao fado e aos seus protagonistas, que se realizou esta tarde no Palácio de Belém.

Numa homenagem realizada menos de uma semana depois de ter sido conhecida a decisão da UNESCO de integrar o fado na lista representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade, Cavaco Silva começou por lembrar os tempos em que o fado não era ainda “reconhecido e estimado” pelos portugueses. 

“Tempos houve em que o fado era apenas associado a uma vida boémia que continha em si retratos de uma Lisboa pouco recomendável”, recordou. 

Contudo, prosseguiu, “a pouco e pouco”, o fado regenerou a sua imagem, acabando por se transformar “num cartão-de-visita” de Portugal, com “poetas ilustres” a compor muitas das letras de maior êxito. 

Destacando o nome das mais significativas vozes do fado de sempre, como Alfredo Marceneiro, Hermínia Silva ou Fernando Farinha, o Presidente da República evocou ainda a “grande Amália Rodrigues”, “que escolheu os melhores músicos, os melhores compositores e os melhores poetas de Portugal para os cantar com a sua voz e a sua interpretação únicas, marcando para sempre o fado”. 

“Foi ela que espalhou o fado pelo mundo fora”, frisou. 

Assim, ao longo de décadas, acrescentou, o fado “resistiu às modas e ao tempo”, assistindo-se ao surgimento de outros nomes, como Maria da Fé, Carlos do Carmo ou João Braga. 

Já nas décadas de 70 e 80, o público acabou por se afastar um pouco do fado “por razões mais ou menos ideológicas”. 

“Felizmente, os tempos de hoje são bem diferentes. Há uma nova geração de fadistas que trouxe um fôlego e uma vitalidade ao Fado como imagino que nunca se tenha visto”, notou Cavaco Silva, considerando que esta “nova geração, onde se incluem nomes como Kátia Guerreiro, Carminho, Camané ou Ana Moura, “foi essencial para o reconhecimento do fado como Património da Humanidade”. 

Destacando ainda o papel dos músicos e poetas, o chefe de Estado elogiou a “selecção nacional do fado”, agradecendo a forma como ao longo das suas vidas e das suas carreiras contribuíram para tornar o fado numa “melodia universal”. 

Antes de Cavaco Silva, o presidente da câmara municipal de Lisboa, António Costa tinha também deixado palavras de congratulação pelo reconhecimento do fado como Património Imaterial da Humanidade, considerando que com esta distinção “as potencialidades económicas do fado reforçam-se muito”. 

Além disso, acrescentou, “lembra-nos sobretudo que a crise não se vence apenas com a economia, vence-se também com a cultura, criatividade e alma”.

Centro Histórico do Porto celebra 15 Anos de Estatuto como PatrimónioMundial

 

15 anos de Património Mundial
O Centro Histórico do Porto foi classificado como Património Cultural da Humanidade no dia 4 de dezembro de 1996. A área abrangida pela classificação é constituída pelas freguesias da Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória.
Para celebrar o aniversário da classificação da UNESCO, o Grupo de Reflexão e de Intervenção Cívica do Centro Histórico do Porto promove uma visita guiada e a Associação Infante D. Henrique uma conferência.
Numa altura em que o Centro Histórico do Porto celebra mais um aniversário da sua classificação, pela UNESCO, como Património Imaterial Mundial da Humanidade, uma visita guiada vai dar a conhecer a zona histórica aos mais curiosos.
O percurso, orientado por António José dos Santos Silva, vai levar os inscritos pela Igreja de São Francisco, Casa do Infante, Postigo do Carvão e Ponte das Barcas, num passeio pedestre pontuado por explicações das histórias dos locais.
O evento, organizado pelo Grupo de Reflexão e de Intervenção Cívica do Centro Histórico do Porto, acontece no sábado, dia 3 de dezembro, e o ponto de encontro é o Largo de São Francisco, às 11h00. O percurso terá a duração aproximada de uma hora.
Também a Associação Infante D. Henrique - Associação para o Desenvolvimento do Centro Histórico do Porto, organiza, no dia 3 de dezembro, uma Conferência de Comemoração do 15.º Aniversário da Classificação do Centro Histórico do Porto como Património Mundial da UNESCO. O auditório do Palácio da Bolsa vai ser o palco da conferência, que decorre entre as 14h15 e as 17h00, e vai contar com personalidades como Rui Moreira, Hélder Pacheco, Rodrigo Fragateiro e Manuela Galhardo, da Comissão Nacional da UNESCO.
JPN (2011, Dezembro 2). Centro Histórico celebra 15 anos de Património Mundial. Extraído em 3 de Dezembro de 2011 do sítio do JornalismoPortoNet: http://jpn.icicom.up.pt/2011/12/02/centro_historico_celebra_15_anos_de_patrimonio_mundial.html

 

O QUE DIZEM OS MÉDIA SOBRE A ELEIÇÃO DOS NOVOS BENS IMATERIAIS CULTURAIS PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE

Canção Mariachi foi um dos bens incluídos na Lista do Património Mundial Cultural Imaterial da UNESCO, findo o VI Comité desta organização que se reuniou este fim-de-semana em Bali, na Indonésia.

 

Ritual de índios, fado e música mariachi se tornam patrimônio

Expressões musicais como o fado, de Portugal, e os grupos mariachis, do México, foram incluídas neste domingo na lista de "herança cultural imaterial da humanidade" pela Unesco, braço da ONU para a cultura e a educação. Dois dias antes, a organização havia divulgado também uma lista de manifestações típicas intangíveis que devem ser "urgentemente protegidas", incluindo um ritual de um povo indígena brasileiro, voltado para "manter a ordem social e cósmica".

O yaokwa é a principal cerimônia do calendário ritual dos enawenê-nawê, povo indígena cujo território tradicional fica no noroeste do Mato Grosso. Outras diversas expressões musicais, culturais e rituais foram inseridas na lista da Unesco de patrimônio intangível, entre eles um ritual agrícola de replantio de arroz realizado em Hiroshima, Japão; o saber dos xamãs de Yuruparí, na Amazônia colombiana; uma procissão de cavaleiros realizada na República Tcheca; a peregrinação a um santuário inca do Peru; e um típico teatro de sombras chinês.

A lista está sendo divulgada pelo Twitter da Unesco (twitter.com/unescoNow), que acompanha em tempo real a reunião da agência da ONU em Bali, Indonésia. O encontro se encerra na próxima terça-feira. Ao se tornar patrimônio da humanidade, essas expressões ganham apoio para sua preservação.

 

Portugal e Brasil
No caso do Brasil, já havia 18 bens nacionais inscritos na lista do Patrimônio Mundial da Unesco. Entre o patrimônio imaterial, dedicado a tradições orais, cultura e a arte populares, línguas indígenas e manifestações tradicionais, estão as Expressões Orais e Gráficas dos Wajãpis do Amapá e o Samba de Roda do Recôncavo Baiano.

 

Em Portugal, na expectativa da inclusão do fado na lista de patrimônio imaterial, já estavam agendados eventos comemorativos e um grande show, na próxima sexta-feira, numa das principais salas de espetáculos de Lisboa, o Coliseu, com os principais fadistas do país.

 

Terra (2011, Novembro 27), Ritual de índios, fado e música mariachi se tornam patrimônio. Terra. Extraído em 27 de Novembro de 2011 de:http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5490907-EI294,00-Ritual+de+indios+fado+e+musica+mariachi+se+tornam+patrimonio.html

O QUE DIZEM OS MÉDIA SOBRE A ELEIÇÃO DO FADO COMO NOVO BEM PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL DA HUMANIDADE

Fado declarado Património Imaterial da Humanidade

(Em actualizaçção) - A Unesco declarou o Fado como Património Imaterial da Humanidade, em Bali, na Indonésia.

O Comité Internacional da UNESCO, constituído por 24 países, anunciou, este domingo, em Bali, na Indonésia, o Fado como Património Imaterial da Humanidade.

O antigo presidente da Câmara de Lisboa Pedro Santana Lopes lançou a ideia de candidatar o fado a Património Imaterial da Humanidade e escolheu os fadistas Mariza e Carlos do Carmo para embaixadores da candidatura.

A candidatura foi aprovada por unanimidade pela Câmara de Municipal de Lisboa no dia 12 de Maio de 2010 e apresentada publicamente na Assembleia Municipal, no dia 1 de Junho, tendo sido aclamada por todas as bancadas partidárias.

No dia 28 de Junho de 2010, foi apresentada ao Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e formalizada junto da Comissão Nacional da UNESCO. Em Agosto desse ano, deu entrada na sede da organização, em Paris.

A candidatura portuguesa foi considerada como exemplar pelos peritos da UNESCO, tal como o Paraguai e Espanha.

Jornal de Notícias (2011, Novembro 27). Fado declarado Património Imaterial da Humanidade. Extraído em 27 de Novembro do sítio do Jornal de Notícias:http://www.jn.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=2151770

O QUE DIZEM OS MÉDIA SOBRE A ELEIÇÃO DO FADO COMO NOVO BEM PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL DA HUMANIDADE

Foto: o Público
Decisão aprovada

O FADO JÁ É PATRIMÓNIO MUNDIAL

A notícia acaba de chegar via SMS: “O Fado já é património imaterial da humanidade”. Sara Pereira, directora do Museu do Fado, estava sentada na sala onde o comité intergovernamental da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) está a votar as candidaturas a património cultural imaterial da humanidade, em Bali, na Indonésia, quando o resultado da votação foi anunciado.
Amália, Carlos do Carmo, Camané e Carminho - é um tesouro do mundo. Um tesouro que fala de Portugal, da sua cultura, da sua língua, dos seus poetas, mas que também tem muito de universal nos sentimentos que evoca: a dor, o ciúme, a solidão, o amor.
O optimismo à volta da eventual entrada do fado para a Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade era grande desde que, em Outubro, a comissão de peritos da UNESCO considerou a candidatura portuguesa “exemplar”, mas vê-la formalizada compensa definitivamente anos de trabalho de uma série de especialistas, músicos e intérpretes.
Foi em 2005 que Portugal começou a preparar mais seriamente esta candidatura que o Museu do Fado, em nome da Câmara Municipal de Lisboa, formalizou junto da UNESCO em Junho do ano passado (tinham passado apenas dois anos sobre a aprovação da Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial). Mas a ideia, ou o sonho, tem quase 20 anos - surgiu por altura da Lisboa Capital Europeia da Cultura, em 1994, garantiu ao PÚBLICO há dias Ruben de Carvalho, vereador da CDU em Lisboa e um dos que mais apoiaram o projecto desde o início.
Em 2010, o fado apresentou-se à UNESCO como “símbolo da identidade nacional” e “a mais popular das canções urbanas” portuguesas, tendo por embaixadores dois intérpretes que, por motivos bem diferentes, fazem parte da sua história de forma incontestada: Carlos do Carmo e Mariza.
A canção que deve a Amália os primeiros grandes esforços de internacionalização é uma das 49 candidaturas a património imaterial da humanidade que serão avaliadas por delegados de 24 países até dia 29.
A lista do património imaterial - uma designação que abrange tradições, conhecimentos, práticas e representações que fazem a matriz cultural de um país e que, juntas, formam uma espécie de tesouro intangível do mundo - tinha até à reunião de Bali 213 bens de 68 Estados, como o tango ou o flamenco, só para falar em dois exemplos de universos semelhantes. O fado é o primeiro bem português, mas, se tudo correr bem, já não faltará muito para que o cante alentejano lhe faça companhia.
Canelas, Lucinda (2011, Novembro 27). O fado já é Património Mundial. O Público. Extraído em 27 de Novembro de 2011 do sítio do jornal O Público:http://www.publico.pt/Cultura/o-fado-ja-e-patrimonio-mundial-1522758

A OPINIÃO DIFUNDIDA NOS MÉDIA ACERCA DO PATRIMÓNIO E A IMPORTÂNCIA DA CLASSIFICAÇÃO DA UNESCO PARA A SUA UNIVERSALIDADE E DISTINÇÃO

O FADO JÁ NÃO É SÓ NOSSO

Hoje a UNESCO declara o fado como Património Imaterial da Humanidade.

 

 

O que isso significa em termos económicos? O Outlook foi à Tasca do Chico, no Bairro Alto, e depois ligou para Bali, na Indonésia, para responder a essa pergunta.

É preciso dizer que seria precisa uma catástrofe para que o fado não fosse este domingo declarado Património Imaterial da Humanidade. É verdade que o VI Comité Inter-Governamental da UNESCO, que analisa e decide sobre as candidaturas, está desde quinta-feira reunido em Bali, na Indonésia, mas também é verdade que o mesmo comité já distinguiu a candidatura portuguesa como "exemplar" - prenúncio de que o fado vai mesmo receber o título. Silêncio - vamos saber o que o país ganha com isso.

À boa maneira portuguesa poder-se-ia dizer que só por termos chegado até aqui já somos vencedores. Mas no meio do fado não se brinca. O que a candidatura portuguesa pretendeu sempre foi a distinção maior - a de "herança cultural intangível", que lhe permite figurar ao lado do flamenco (2009) e do tango (2010) como património do mundo. A candidatura começou a ser pensada pelo então presidente da Câmara de Lisboa, Pedro Santana Lopes, e é hoje defendida com o mesmo empenho por António Costa. Afinal, estamos também a falar da canção de Lisboa.

Essa que se canta às segundas-feiras na Tasca do Chico, no Bairro Alto. E que atira qualquer Beyoncé ou Britney para o fundo da tabela de vendas - em 2009, os quatro artistas que mais venderam em território nacional eram portugueses. E dois eram fadistas. Mariza e Ana Moura dividiram os primeiros lugares com Tony Carreira e Pedro Abrunhosa. E provaram, como outros antes e depois delas, que o fado em Portugal é um bom negócio.

Como prova também a lista de discos de ouro e de platina da Associação Fonográfica Portuguesa - que parece assaltada por fadistas. Só Mariza tem 25 discos de platina em 2010 (conquistados pelos discos "Fado em Mim", "Fado Curvo", "Transparente", "Concerto em Lisboa", "Fado Tradicional" e "Terra"). Também lá estão Amália (com um disco de ouro por "Coração Independente"), Ana Moura com três de platina (por "Para além da saudade")ou Carlos do Carmo (com um disco de platina por "Fado Maestro").

E é por isto, porque o fado é um bom negócio e está em vias de tudo menos de desaparecer, que a candidatura desta canção portuguesa a património mundial não vai trazer qualquer tipo de apoio financeiro ao país. A partir de Bali, o musicólogo e membro da comissão de candidatura Rui Vieira Nery, explica: "Há três programas. O primeiro, que é aquele a que o fado concorreu, é o da lista representativa de património imaterial da Humanidade. O segundo é o da lista de géneros culturais em risco de desaparecimento. O terceiro é o da lista de género com pedidos de apoio à UNESCO. O fado, não correndo riscos de desaparecer, candidatou-se à primeira lista e por isso não irá receber dinheiro da UNESCO".

Então o que é que se ganha? "Vamos ganhar uma exposição pública internacional que é o meio mais valioso que podemos ter. No domingo todos os grandes jornais, revistas e televisões vão estar a falar da candidatura do fado. E isso tem um valor económico em termos de reconhecimento de marca, se quisermos, enorme. Haverá consequências económicas desta candidatura, não há dúvidas", diz Rui Vieira Nery. Victor Gonçalves, vereador pelo PSD na Câmara de Lisboa, e que acompanhou o processo iniciado por Pedro Santana Lopes, também não duvida: "Esta candidatura projecta o país de forma evidente e clara. Será óptimo para o turismo - haverá um movimento de procura que significará um enriquecimento óbvio dos artistas e das casas de fado".

Na Tasca do Chico, o Chico (Francisco Gonçalves) também tem a certeza de que a UNESCO vai dar muito ao fado e ao país. "Vai dar prestígio a um país que está em baixo. Vai trazer mais turistas às casas de fado". Raquel Tavares, uma daquelas jovens fadistas que canta há mais de dez anos, vê mais longe: "O fado está a crescer desde há 15 anos mas ainda tem muito para crescer. Ainda há mercados onde não chegámos. E esta distinção vai ajudar nisso. Vamos chegar a esses mercados com o selo da UNESCO. Vamos chegar à América Latina, por exemplo, e por causa do selo de Património Imaterial da Humanidade as pessoas vão receber-nos sem grandes resistências".

E é isto: nada disto é triste. A menos que o mundo gire ao contrário, o fado vai receber o selo de qualidade da UNESCO. O que é que vai mudar? Ninguém sabe exactamente (o Chico garante que na sua casa, nada), mas toda a gente acredita que será para melhor. E que na hora da consagração toda a gente vai fazer barulho. O barulho da alegria. Porque nada disto é triste, apesar de tudo isto ser fado.

Marques, Ângela (2011, Novembro 27). O Fado já não é Nosso. Hoje a UNESCO declara o fado como Património Imaterial da Humanidade. Jornal Económico. Extraído em 27 de Novembro do sítio web do Jornal Económico: http://economico.sapo.pt/noticias/o-fado-ja-nao-e-so-nosso_132260.html

REFERÊNCIA AO PATRIMÓNIO MUNDIAL NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL: Liverpool's world heritage status threatened by dockside development

Foto: The Guardian

An artist's impression of the planned Liverpool Waters. Photograph: Rust Design/guardian.co.uk

The £5.5bn Liverpool Waters scheme has reportedly been criticised by Unesco team

Unless radical changes are made to a plan to build a series of skyscrapers alongLiverpool's famous waterfront, the city could lose its world heritage status, according to a delegation of inspectors fromUnesco.

It is a fate that Liverpool is keen to avoid as the world heritage status places the city that spawned the Beatles alongside the Pyramids and the Great Wall of China. It is crucial to marketing the city to visitors.

The three-day inspection last week, led by Ron van Oers, left Liverpool with the message that unless Peel Holdings's £5.5bn Liverpool Waters project is radically changed Unescowill recommend the city should be stripped of the status, according to the Liverpool Daily Post.

Peel Holdings' scheme, which will be considered by the council's planning committee in January, regenerates the deprived northern docklands by building shops, restaurants and offices. The company has already reduced the height of its controversial Shanghai Tower (which aims to replicate the Chinese city's dramatic waterfront) to 55 storeys.

But sources said the inspectors were unimpressed by the huge buildings. The Unesco inspectors will produce a report shortly before Christmas and it will be sent to Liverpool council and Peel Holdings.

The company, owner of the Manchester Ship Canal and the Trafford Centre, has previously said it will not compromise any further on the scheme.

Speaking during the inspection visit, Van Oers warned that Unesco's decision would have significant implications for cities around the world. "The way that the world heritage committee will eventually rule about this case is going to be part of case law that is going to be used by the …committee later on," he said.

The committee will vote on its findings in June 2012.

Liverpool's world heritage site officially stretches from Albert Dock, which has the largest collection of Grade I listed buildings in the UK, along the Pier Head and up to Stanley Dock. It takes in the elegant Edwardian "three graces": the Royal Liver, Cunard and Port of Liverpool buildings, which have defined the view from the Mersey for almost a century.

Dresden lost its world heritage site status two years ago after building a bridge over the river Elbe.

Liverpool council's leader, Joe Anderson, said: "I think we can reach a compromise, but Peel have already compromised. I think the scheme is a game changer. It's a catalyst forregeneration for years to come, that is how important it is."

This year, an independent report commissioned by English Heritage warned the waterfront could lose its world heritage status because of the development plans. But Professor Michael Parkinson of Liverpool John Moores University said given a choice of no development in north Liverpool and losing the world heritage status, it was a no-brainer.

"Without doubt, it is a very good thing to have the world heritage status and I'm sure it's helpful in sharpening the city's image," he said. "But we cannot be preserved in aspic and we have to have development."

In the past decade, the city centre and waterfront have developed beyond recognition.

"It is good to have world heritage status, but we must also have development, and investment in north Liverpool is tremendously important. But it would be a pity if the plaque on the waterfront was taken away."

He praised the development on the waterfront with the Kings Dock, Arena and museum but said that north Liverpool "is the nut we still have to crack" in terms of development and economic growth.

Tourism is worth £3bn to the economy in Liverpool and 42,000 jobs depend on it. When visitors are asked why they come to Liverpool, many cite the world heritage and capital of culture designations.

A spokesperson for Unesco refused to confirm the delegation's finding during the visit: "We don't issue statements or discuss the finding of such missions as they are first presented to the world heritage committee."

 

Carter, Helen (2011, Novembro 23). Liverpool's World Heritage Status Threatened by Dockside Development. The Guardian. Extraído a 24 de Novembro de 2011 do sítio
http://www.guardian.co.uk/uk/2011/nov/23/liverpool-world-heritage-status?newsfeed=true


ANEXOS PUBLICADOS NA TESE DE DOUTORAMENTO

ANEXOS PUBLICADOS NA TESE DE DOUTORAMENTO

Jornal de noticias 

Turismo/Cultura: Especialistas nacionais e internacionais debatem papel do património cultural na promoção turística - 2008-10-30 

 

Lisboa, 31 Out (Lusa)

A importância do património cultural na promoção turística vai estar a partir de hoje em debate, durante um seminário internacional que irá reunir vários especialistas dos dois sectores, autarcas, historiadores, arquitectos e associações de agências de viagens, entre outros. 

Um dos projectos que será apresentado hoje no "Touring and Heritage/Turismo e Património", que irá decorrer até sábado em Tomar, é o Roteiro Turístico do Património Mundial, que estará disponível ao público "antes do final do ano", revelou à Lusa Luis Patrão, presidente do Turismo de Portugal, entidade que organiza o seminário.

Este Roteiro está integrado na promoção de itinerários na região dos mosteiros classificados como Património da Humanidade, de Alcobaça, Batalha e Tomar. O ’touring’ cultural e paisagístico já é o segundo produto mais procurado pelos turistas estrangeiros que vêm a Portugal, mas pode atrair mais visitantes, estando prevista a realização de programas de valorização de circuitos turísticos, salientou Luis Patrão.

Visando concretizar a aposta no ’touring’ cultural e paisagístico, Luís Patrão afirmou que será apresentado, no âmbito do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional), um "conjunto de programas de natureza cultural e turística", nomeadamente para valorização do património existente e de circuitos turísticos.

Luís Patrão salienta que as estimativas existentes apontam para que "cerca de um quarto [25 por cento] dos turistas que vêm a Portugal" são atraídos pela vertente cultural, mas espera poder trazer mais visitantes para apreciar os monumentos, cultura e tradições nacionais.

O turismo cultural é um produto "com força" mas mal aproveitado, sendo necessária a conjugação de esforços de várias entidades para tornar possível a sua venda nos mercados nacional e internacional, defendeu à Lusa o presidente da Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT).

João Passos considera que o turismo cultural "tem um peso pequeno" na actividade turística em Portugal porque "não há centralização de esforços para o tornar um produto vendível". Assim, "é complicado fazer qualquer promoção do produto, nomeadamente no mercado internacional", defendeu.

O director-geral da Confederação do Turismo Português (CTP), Sérgio Palma Brito, afirmou, por seu lado, que até há um aproveitamento turístico do património histórico e religioso, principalmente em algumas regiões, mas concorda que "tem capacidade para se desenvolver mais".

Já para o director do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR), Elísio Summavielle,"o turismo cultural está a ter cada vez mais procura e esta aliança com o património é bem-vinda", observou em declarações à Agência Lusa.

O responsável do IGESPAR destacou que os monumentos constituem "a parte física de um património português mais global muito rico, que inclui as culturas locais, o artesanato, a gastronomia, e os saberes".

"É necessário saber coser estas riquezas e estimular todos os responsáveis para que o património se aproxime ao turismo", defendeu, salientando ainda que, com este seminário em Tomar, pela primeira vez se reúnem entidades "de uma forma concertada" para abordar o tema.

"Queremos criar sinergias entre várias entidades e atrair o turismo com uma oferta de eventos que permitirão o convívio da criação contemporânea com o antigo", sustentou.

Os museus "são um elemento fundamental na captação de turismo cultural" no país, defendeu também à Agência Lusa o director do Instituto dos Museus e da Conservação (IMC), Manuel Bairrão Oleiro.

"Há um grande crescimento do interesse no turismo cultural em Portugal", comentou Manuel Bairrão Oleiro, admitindo que "ainda há muito trabalho a fazer para divulgar as colecções" dos 28 museus e seis palácios nacionais do país tutelados pelo organismo que dirige.

EXEMPLO DE PARCERIAS ENTRE INSTITUIÇÕES PÚBLICAS NA PROMOÇÃO DO PATRIMÓNIO CLASSIFICADO:CASA-MEMÓRIA DE CAMÕES INAUGURA EXPOSIÇÃO

EXEMPLO DE PARCERIAS ENTRE INSTITUIÇÕES PÚBLICAS NA PROMOÇÃO DO PATRIMÓNIO CLASSIFICADO:CASA-MEMÓRIA DE CAMÕES INAUGURA EXPOSIÇÃO

No dia 19 de Novembro de 2011, terá lugar pelas 16h00, na Casa-Memória de Camões, em Constância, a inauguração da Exposição “O Centro Histórico de Macau - Património da Humanidade”, a qual estará patente até ao dia 18 de Dezembro. 
Esta exposição resulta de uma parceria entre o Centro de Promoção e Informação Turística de Macau em Portugal, a Câmara Municipal de Constância e a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo. De salientar que esta iniciativa se insere numa estratégia de intervenção que se pretende mais abrangente, de aproximação do Médio Tejo ao Oriente, alicerçada pela figura de Camões enquanto elo de ligação. 
A origem desta exposição surge na sequência da inclusão do Centro Histórico de Macau na lista do Património Mundial da UNESCO, a 15 de Julho de 2005, desejando com este evento dar a conhecer essa distinção aos portugueses, em particular aos residentes, visitantes e turistas do Médio Tejo, através de uma mostra fotográfica composta por 25 painéis sobre o Património Mundial de Macau, o qual materializa anos de história portuguesa e chinesa num património histórico invulgar a nível mundial. 
Por outro lado, enaltecendo a ligação tradicional entre a China e Portugal, que se manifesta através da partilha de vários elementos históricos, culturais e económicos resultantes de uma relação de mais de quinhentos anos, na qual Macau tem desempenhado um importante papel na consolidação da relação estratégica entre ambos, pretende-se com esta Exposição dar início a uma aproximação entre a região do Médio Tejo e a China, tendo Macau como interlocutor dessa relação. Posteriormente ambiciona-se alargar esta ligação também à India/Goa, com o objetivo de promover a dinamização de um intercâmbio cultural e turístico entre estas regiões. 
Esta exposição, que já foi exibida em Lisboa e no Parlamento Europeu, na cidade de Bruxelas, estará agora patente em Constância, até ao dia 18 de Dezembro. 
Após a inauguração da exposição, irá decorrer um colóquio sobre a temática do evento aberto à população em geral. 

Extraído em 14 de Novembro do sítio do Jornal Cidade de Tomar: http://www.cidadetomar.pt/noticia.php?id=1766

O INTERESSE DOS MEDIA PELO PATRIMÓNIO MUNDIAL

Elevador do Bom Jesus a

património Mundial

Braga pode orgulhar-se de ter o único elevador do Mundo movido a água. Daí que o elevador - como a própria estância do Bom Jesus - reclama vir a ser património mundial. Uma ideia que, por enquanto, não passa de uma intenção da Confraria do Bom Jesus que pondera, a médio prazo, apresentar uma candidatura à UNESCO, atendendo à noção da importância e riqueza patrimonial daquele ex-líbris bracarense.

O padre Cândido Pedrosa defende a classificação mundial daquela estância turístico-religiosa, um processo que avançará para a UNESCO, logo após a concretização - em curso - do projecto de requalificação urbanística do Bom Jesus. "Há muita coisa a fazer antes de iniciar este processo, porque temos a consciência que seria também uma grande responsabilidade para a confraria", disse.

O elevador é uma das ofertas turísticas mais procuradas no Bom Jesus, que, no último ano, foi objecto de reparação. Apesar de velhinho (inaugurado em 25 de Março de 1882), o ascensor mantém a sua traça original, sendo constituído por duas carruagens - uma que sobe, outra que desce, num percurso inclinado de aproximadamente 300 metros -, a relembrar as velhas carcaças ferroviárias. O seu segredo está na engenharia hidráulica (movido a água).

Jornal de Notícias (2011). Elevador do Bom Jesus a Património Mundial. Extraído em 5 de Agosto de 2011 do sítio do Jornal de Notícias: http://www.jn.pt/paginainicial/interior.aspx?content_id=540506

O Interesse dos Media nas Questões do Património- PR APONTA BONS EXEMPLOS

In 22 de Janeiro de 2008

 

"Cavaco Silva elogia trabalho trabalho da Comissão de Vigilância do Castelo da Feira.

O Presidente da Républica considerou, ontem, "notável" o trabalho de recuperação do castelo de Santa Maria da Feira, apontando este

caso como um bom exemplo de "cooperação estratégica" entre a sociedade civíl, o poder local e o poder central.

É "um bom exemplo que gostaria de ver replicado noutros pontos do país", disse Cavaco Silva no encerramento da II jornada do Roteiro para o Património, que levou o Presidente da Républica a visita, durante o dia de ontem, o mosteiro de Arouca e o Castelo de Santa Maria da Feira, dois monumento nacionais de grande significado histórico, como sublinhou, por estarem profundamente ligados à fundação da nacionalidade, na companhia da esposa, Maria Cavaco Silva, da Ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima.

O Mosteiro de Arouca, fundado no séc X, além de ser conhecido pela doçaria conventual (as castanhas de ovos são um exemplo), é detentor de uma das mais valosas colecções de arte sacra do País, gerida pela Real Irmandade da Rainha Santa Mafalda (RIRSM).

Por sua vez, o castelo de Santa Maria da Feira, cuja fundação rementa igualmente ao período anter ior da nacionalidade está a cargo de uma comissão de vigilância centenária (completa cem anos em 2009), que tem sido "um motor" da recuperação física da antiga fortaleza militar, do seu estudo e da projecção que tem alcançado, nos últimos anos, com a realização de uma série de eventos artísiticos e culturais, em colaboração com o IPPAR, a Câmara e outros actores locais, como o Europarque. Tal como na véspera, em Coimbra, Cavaco Silva chamou a atenção para a defesa do património hstórico enquanto "expressão da singularidade do País neste mundo globalizado" e alertou para a circunstância de se tratar de um património comum, de todos os portugueses, que "pode contribuir para o desenvolvimento económico do país".

"A defesa do património  é responsabilidade de todos e não só do Governo ou da Ministra da Cultura. Também é responsabilidade da sociedade civil", disse.

O Presidente da Républica deixou ainda, bem vincado, que a preservação e a valorização do património pode constituir, também, "uma forma do País andar para a frente e ganhar confiança do futuro", afirmou.

Cavaco Silva assistiu ainda à apresentação de um livro, "Terra de Santa Maria: Terra Mãe do Primeiro Portugal", fruto de uma investigação histórica de Eduardo Vera Cruz Pinto 

 

 

Maximino, José C. (2008, 23 de Janeiro). PR Aponta Bons Exemplos. Cavaco Silva elogia trabalho trabalho da Comissão de Vigilância do Castelo da Feira. Jornal de Notícias, p. 57

O Interesse dos Media nas Questões do Património - Candidatura ambiciosa de Coimbra

In Jornal de Notícias, de 22 de Janeiro de 2008

A" candidatura da Coimbra universitária a Património da Humanidade é ambiciosa e só assim terá sucesso, perante os apertados critérios da UNESCO. A Câmara Municipal de Coimbra está com a Universidade desde a primeira hora no sentido de se chegar ao desejado estatuto de protecção, pois importa "recuperar o tecido medieval urbano da Alta e Baixa da cidade", como referiu o reitor da Universidade, Seabra Santos. Mas o presidente da autarquia, Carlos Encarnação, também deixou bem claro que "não é possível Coimbra ter um centro histórico ao abandono, com ameaça de derrocada", como acontece actualmente."

Extraído do sítio on-line do Jornal de Notícias, http://jn.sapo.pt/2008/01/22/cultura/candidatura_ambiciosa.html, a 22 de Janeiro de 2008

O Interesse dos Media nas Questões do Património - Preservar sinais do passado para preparar o nosso futuro

In Jornal de Notícias, 22 de Janeiro de 2008

 

"Depois de ter iniciado as Jornadas do Património no Alentejo, o presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, esteve, ontem, em Coimbra e no Lorvão (Penacova), onde visitou alguns dos mais emblemáticos monumentos da região. E Coimbra é um local incontornável para se compreender a História de Portugal. Locais que importa preservar pois, como sublinhou Cavaco Silva, "Portugal só será um país verdadeiramente moderno se for um país com memória".

E a memória sente-se fortemente no Mosteiro de Santa Cruz, onde o presidente e comitiva iniciaram a visita. Consagrado como Panteão Nacional, Santa Cruz, fundado em 1131, confunde-se com o nascimento da nação portuguesa. Ali estão sepultados os dois primeiros reis potugueses, D. Afonso Henriques e seu filho D. Sancho I.Junto do túmulo do fundador de Portugal, o presidente deteve-se durante alguns momentos, prestando "homenagem ao fundador da nação".

Mais acima, na Sé Velha, em plena Alta, a comitiva presidencial deparou-se com uma pequena manifestação de jovens ligados ao movimento anti-globalização. Os manifestantes mostravam o seu desagrado pelo facto da Alta poder vir a ser Património da Humanidade, pois consideram que "património nacionalista" significa "habitação elitista".

Mas a candidatura da Universidade de Coimbra a Património da Humanidade da UNSCO é uma grande aposta da mais antiga instituição universitária portuguesa. Um projecto que tem vindo a ser preparado com afinco e cuidado por um gabinete próprio. Até final do corrente ano, o dossiê de candidatura deverá estar pronto para ser entregue ao Governo, que o apresentará à UNESCO. Um projecto que irá mexer com toda a velha Alta da urbe estudantil, mas que também contempla os colégios da Rua da Sofia, na Baixa de Coimbra.

Em pleno Museu da Ciência da Universidade de Coimbra - uma notável nova infraestrutura, que nasceu no velho Laboratório Chímico -, o presidente da República alertou para a necessidade de "preservar os sinais do nosso passado", pois essa é "a forma de preparar o futuro, com base naquilo que realmente somos e possuímos". Cavaco Silva disse que "não é possível conhecer realmente como nasceu e cresceu Portugal, como se delinearam as fronteiras e se povoou o território, como se consolidou a cultura e se desenvolveu o saber, se não prestarmos atenção aos vestígios que ainda se encontram nas igrejas, nos mosteiros e nos castelos desta região, ou nos muros desta universidade". Portugal, como realçou, "não é apenas um país de sol, com paisagens muito apreciadas por todos quantos nos visitam", mas também "um país com uma cultura secular, a qual é preciso inventariar, dar a conhecer e estimar para melhor a preservarmos". Com estas jornadas do património, o presidente da República pretende sensiblizar "as entidades, os cidadãos e as empresas" para a importância da preservação do nosso património histórico.

O reitor da Universidade de Coimbra , Seabra Santos, referiu-se à sua instituição como "a mais cosmopolita e internacional das universidades portuguesas", aquela que está melhor situada no ranking das universidades europeias.

A ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, numa curta intervenção, prometeu "empenho" no apoio à pretensão da Universidade de Coimbra em tornar-se um bem protegido pela UNESCO, com o alto estatuto de Património da Humanidade. Segundo revelou o reitor Seabra Santos, o Gabinete de Candidatura da Universidade de Coimbra à UNESCO vai, brevemente, reunir com vários ministros, sob a coordenação do ministro da Ciência e Tecnologia, Mariano Gago.

Mas o reitor deixou bem claro que, para o projecto ter sucesso, será necessário apoio para que a autarquia possa recuperar a "zona tampão" da Universidade - a velha Alta, recheada de edifícios centenários, mas com elevado nível de degradação."

Extraído do sítio do Jornal de Notícias, http://jn.sapo.pt/2008/01/22/cultura/preservar_sinais_passado_para_prepar.html, a 22 de Janeiro de 2008

O Interesse dos Media nas Questões do Património - Contributo dos Agentes Políticos na Defesa do Património

O Interesse dos Media nas Questões do Património - Contributo dos Agentes Políticos na Defesa do Património
"Visita visa sensibilizar e promover património
Cavaco Silva homenageia D. Afonso Henriques no arranque do Roteiro do Património 
O Presidente da República, Cavaco Silva, homenageou hoje o fundador da nacionalidade, D. Afonso Henriques, no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, onde depôs uma coroa de flores, no arranque das II Jornadas do Roteiro do Património.

O chefe de Estado visitou demoradamente todo o convento, num périplo em que foi acompanhado pelo padre José Eduardo Coutinho, que lhe transmitiu toda a história do mosteiro.

Cavaco Silva foi recebido pelo bispo de Coimbra, D. Albino Cleto, que também o acompanhou na visita.

O padre José Eduardo Coutinho lamentou que a Ministério da Cultura tenha proibido a abertura e estudo do túmulo do primeiro rei de Portugal.

"Estava constituída uma equipa científica de alto nível" liderada pela professora Eugénia Cunha, referiu.

"No preciso momento em que se ia abrir o túmulo com alguns cientistas da Universidade de Coimbra e estrangeiros chegou a ordem determinante de cancelamento por parte do Ministério da Cultura", lamentou.

À saída, o chefe de Estado foi confrontado por um pequeno grupo de mulheres que se queixava das reformas baixas e do desemprego na região.

Uma das intervenientes, Rosa Maria, afirmou que recebia 300 euros de reforma e que isso não lhe bastava.

Cavaco Silva ouviu atentamente as queixas, sem responder, mas assentindo com a cabeça, antes de se deslocar para a Sé velha de Coimbra.

O Presidente da República iniciou hoje, em Coimbra, uma visita de dois dias à Beira e Douro Litoral, no âmbito das II Jornadas do Roteiro para o Património, para defesa, valorização e promoção do património português.

O chefe de Estado pretende com este roteiro chamar, uma vez mais, a atenção e sensibilizar entidades, empresas, asociações, escolas e cidadãos em geral para as boas práticas políticas e técnicas seguidas por autarquias, associações privadas e particulares."
Extraído do sítio on-line do Jornal O Público, http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1317263&idCanal=12, a 22 de Janeiro de 2008

ROTEIRO PARA O PATRIMÓNIO: Uma Excelente Promoção ao mais Alto Nível

ROTEIRO PARA O PATRIMÓNIO: Uma Excelente Promoção ao mais Alto Nível

O Presidente da Républica, Aníbal Cavaco Silva desenvolve esta semana o primeiro Roteiro para o Património, uma iniciativa excelente de promoção do nosso espólio histórico edificado. O Presidente da Républica, ao levar a cabo este roteiro está sensibilizar ao mais alto nível a importância do Património para o nosso país, não só como testemunho da nossa identidade histórica mas também vertente dinamizadora da importante indústria do Turismo.

 

Apresentação do Roteiro para o Património Clique aqui para ouvir

O Roteiro para o Património é constituído por uma série de jornadas, incluindo visitas a várias localidades e regiões do País, com vista à defesa, valorização e promoção do património português.

Dando continuidade a intervenções anteriores, o Presidente da República pretende não apenas sensibilizar as diversas entidades, empresas e cidadãos em geral para a importância da preservação do património, mas também salientar alguns exemplos de iniciativa, rigor científico e gestão integrada que têm vindo a ser desenvolvidos nesta área.

É objectivo do Roteiro, acima de tudo, contribuir para uma compreensão alargada do património, que integre as suas diversas vertentes e as enormes potencialidades que ele representa em termos de identidade, coesão e desenvolvimento do País.

 

Declarações do Presidente da Républica a respeito do Património

"O desenvolvimento para ser justo tem também de ser sustentável, tendo em devida conta a herança que nos compete transmitir às gerações futuras.
As políticas de defesa da qualidade ambiental e de correcção do desordenamento na ocupação do território, quando prosseguidas com bom senso, devem ser encaradas não como limites ao desenvolvimento mas como elementos de inovação e modernização que tornam o País mais competitivo."
Aníbal Cavaco Silva, Discurso de tomada de posse


"Desejamos, (…), um Portugal que se reveja no melhor do seu património histórico e cultural e que saiba, não só preservá-lo, mas também promovê-lo e torná-lo maior, na riqueza e criatividade das suas manifestações"
Aníbal Cavaco Silva, Sessão solene do 10 de Junho de 2006


"Portugal tem uma História de séculos, que nos diferencia e nos identifica. Deixámos marcas por todo o Mundo. Falamos uma língua que é partilhada por milhões de seres humanos. Possuímos um património material e imaterial que temos a obrigação de preservar e legar às gerações vindouras. É em torno da defesa desse património e dessa cultura multissecular que, sem saudosismos ou passadismos de qualquer espécie, deve ser construído um novo sentimento patriótico."
Aníbal Cavaco Silva, Sessão Comemorativa do 25 de Abril de 2007


"Não me resigno aos sinais de degradação do ambiente e do património cultural com que nos deparamos em tantos lugares e povoações, que antes deveríamos preservar e promover, como herança de que usufruímos e que teremos, por nossa vez, de legar aos nossos filhos e netos.
A preservação do espaço que habitamos, assim como do património que herdámos, são dois elementos decisivos para o reforço da nossa identidade comum."
Aníbal Cavaco Silva, Sessão solene do 10 de Junho de 2007

Extraído do sítio on-line da Presidência da Républica

http://www.presidencia.pt/?idc=23&idt=17

a 21 de Dezembro de 2007

 

Clique aqui para ver as jornadas do Roteiro para o Património